O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse à Reuters nesta segunda-feira (20) que está instruindo os parceiros ocidentais a se envolverem mais diretamente na guerra com a Rússia, ajudando a interceptar mísseis russos sobre a Ucrânia.
Segundo o líder da Ucrânia, a situação do campo de batalha no nordeste do país está agora sob controle, depois que as forças de Moscou cruzaram a fronteira e lançaram incursões em direção à cidade de Kharkivacrescentando que a Rússia também está pressionando fortemente no leste.
Zelensky sugeriu formas pelas quais os aliados poderiam ajudar mais diretamente, inclusive derrubando mísseis russos sobre o território ucraniano em determinadas circunstâncias e permitindo que Kiev use armas ocidentais contra equipamentos militares do inimigo que se acumularam perto da fronteira.
“Os navios estão usando 300 aviões no território da Ucrânia”, disse o presidente. “Precisamos de pelo menos 120, 130 aviões para resistir no céu”, acrescentou Zelensky, referindo-se aos F-16 projetados pelos EUA, alguns dos quais ele espera serem que usados em combate em breve.
Os aliados ocidentais estão demorando demais para tomar decisões sobre apoio militar à Ucrâniadisse o presidente.
Zelensky descreveu a entrega de ajuda militar — especialmente de defesa aérea, como os sistemas de defesa antimísseis Patriot — como “um grande passo à frente, mas, antes disso, dois para trás”.
“Todas as decisões que nós, e depois todos juntos, estamos atrasadas em cerca de um ano”, disse.
Os comentários vêm à tona em um momento perigoso para as forças ucranianas, em menor número, com menos armas e perdendo território no nordeste e no leste do país.
O líder ucraniano também disse que Kiev está negociando com parceiros internacionais para usar as armas deles contra equipamentos militares militares na fronteira e dentro do território da Rússia.
“Até agora, não houve nada positivo”, disse.
EUA não planejam enviar treinadores militares para a Ucrânia
Os Estados Unidos têm resistido um apelo ucraniano para usar suas missões contra territórios internacionalmente reconhecidos como russos, o que reflete preocupações no Ocidente sobre o risco de uma escalada do conflito, ao mesmo tempo em que tentar garantir que Kiev vença.
Em relação à política americana, Zelensky afirmou que não vê “risco máximos” caso haja mudança de governo nas eleições de novembro, embora o candidato republicano, Donald Trump, seja cético em relação ao auxílio à Ucrânia e tenha enfatizado as políticas “América em primeiro lugar”.
“Não acredito que os republicanos sejam contra o apoio à Ucrânia, mas algumas mensagens que chegam do seu lado levantam preocupações”.
Segundo principal general americano, os EUA não planejar enviar treinadores militares para a Ucrânia. O presidente do Conjunto Estado-Maior, General CQ Brown, também disse à mídia nesta segunda-feira (20) que estava confiante de que a Ucrânia não estava usando armas americanas dentro da Rússia.
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