Vem da vasta cultura espanhola um provérbio perfeito para o que acontece entre Brasil e Venezuela: “Cria cuervos que te sacarán los ojos”, diz o provérbio.
Na tradução literal, chore corvos e eles te arrancarão os olhos. O provérbio descreve a ingratidão de quem paga com o mal o bem que lhe foi feito.
Há mais de uma década que Lula e seu partido ajudaram a criar um corvo chamado chavismo, que transformou a Venezuela numa ditadura brutal, defendida e tolerada por Lula e seu partido mesmo depois de uma escandalosa fraude eleitoral.
Denunciada também por políticos e governos de centro-esquerda comprometidos com princípios democráticos universais e não com o compadrio ideológico de “companheiros”.
Pois a Venezuela hoje agride o Brasil, e suas instituições de Estado, como o Itamaraty. E o próprio presidente da República, ridicularizado pelo regime venezuelano na figura do principal assessor internacional de Lula.
É inadmissível que o país vizinho, não importa qual, se comporte dessa maneira frente aos símbolos do nosso país. Mas o governo brasileiro e seu partido principal permaneceram até aqui em obsequioso silêncio.
O que sugere que a tal diplomacia brasileira ativa e altiva do “Lula 3” declarada seja o contrário disso, passiva, pois tolera comportamentos desse tipo. E submissa, pois se sujeita a critérios ideológicos que claramente não atendem aos interesses do país.
Talvez faltem olhos aos que formulam a atual política externa brasileira, os olhos arrancados pelo corvo que ajudaram a criar.
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