O presidente-executivo do Magazine Luiza, Frederico Trajano, afirmou nesta terça-feira (19) que a rede de varejo registrada em janeiro e fevereiro cresceu crescimentos de vendas de dois dígitos sobre o mesmo período do ano passado.
“Janeiro e fevereiro apresentaram crescimentos na linha de duplo dígito com grande potencial de melhoria para frente”, afirmou o executivo durante teleconferência com analistas após a publicação dos resultados do quarto trimestre na noite da véspera.
As ações da companhia lideraram as perdas do Ibovespa nesta tarde, recuando 4,76% às 14h30, enquanto o índice tinha ganho de 0,74%, apesar de analistas do Itaú BBA e do Banco do Brasil terem elogiado o desempenho da companhia no quarto trimestre .
A equipe do Itaú BBA citou que a melhoria do resultado da empresa no quarto trimestre e o avanço das perspectivas para crédito devem contribuir para a empresa no curto prazo.
Segundo o executivo do Magazine Luiza, apresentado na conferência mais cedo, a empresa tem registrado desempenho positivo de suas lojas nas categorias de linha branca, TVs e móveis, mas o segmento de telefonia tem apresentado falhas “no Brasil todo, tanto em lojas quanto online” em meio ao encarecimento dos aparelhos equipados com tecnologia 5G.
A empresa, que tem surfado em um mercado em que rivais importantes como Casas Bahia e Americanas têm dificuldades financeiras agendadas, avalia que não precisa aumentar seu parque de lojas físicas atual para capturar participação de rivais, disse o vice-presidente de operações, Fabrício Garcia . “Dá para ganhar ‘share’ com o que temos hoje.”
A companhia terminou dezembro com 1.286 lojas físicas, 53 a menos que um ano antes.
“Pode ser que fechemos mais lojas (em 2024) (…) Se as lojas têm margem de contribuição negativa e não têm perspectiva de gerar resultado, ou que se têm condição de aluguel que não conseguem negociar, vamos fechar, mas acho que vai ser pouco (…) A perspectiva (para 2024) é muito mais positiva”, disse Trajano.
Na conferência, Trajano afirmou que as três principais “avenidas” de crescimento do Magazine Luiza são sua operação de fintech por meio da Luizacred, a de venda de anúncios publicitários em seus sites e a oferta de serviços de computação em nuvem, esta última a mais recente empreitada da empresa.
O vice-presidente de plataforma do Magazine Luiza, André Fatala, afirmou que a frente de negócios Magalu Cloud, lançada em dezembro, já possui 74 clientes e mira um mercado que movimenta em 2025 poderá movimentar R$ 91 bilhões.
Fatala afirmou que o Magalu Cloud vai lançar em abril seus três primeiros produtos, com possibilidade de contratação pelo próprio portal, e outros novos produtos serão lançados até o final do ano.
“Esperamos ter um produto maduro entre 2025 e 2026 para termos uma escala maior”, disse o executivo.
Compartilhe: