Tratamento contra câncer traz riscos para gravidez? Entenda


Uma influenciadora Isabel Veloso18, revelou nesta terça-feira (8) detalhes da evolução do seu câncer. Em vídeo publicado no seu perfil do Instagram, ela conto que o tumor voltou a crescer e que decidiu voltar a realizar quimioterapia para tratá-lo. Grávida de 20 semanas, a jovem contornou, ainda, que seu quadro de saúde não traz riscos para sua gestação.

Veloso trata um linfoma de Hodgkin desde os 15 anos. Em março deste ano, ela revelou que havia recebido alguns meses de vida por parte dos médicos. No entanto, em agosto, ela contorno que deixou de ser um paciente terminal e que está em cuidados paliativos. No mesmo mês, ela anunciou sua gravidez, fruto do relacionamento com o marido Lucas Borbas.

Segundo a Sociedade Americana do Câncerse o linfoma de Hodgkin precisar ser tratado durante a gravidez, o tratamento é adiado até depois do primeiro trimestrese possível. Isso porque os riscos para o bebê são menores após os primeiros três meses. Geralmente, o tratamento desse tipo de câncer é feito com novato.

Nos casos em que o câncer é detectado durante a segunda metade da gravidez e não causa complicações graves de saúde, a mulher pode esperar o nascimento do bebê para iniciar o tratamento. Em algumas situações, o parto pode ser induzido algumas semanas antes do tratamento ser iniciado imediatamente.

Ainda segundo a sociedade americana, geralmente, a radioterapia não é administrada durante a gravidezdevido a preocupações sobre os possíveis efeitos a longo prazo no feto. Da mesma forma, alguns exames de imagem que utilizam radiação — como tomografias computadorizadas, PET scans e raio-X, devem ser evitados sempre que possível.

Além disso, de acordo com Daniel Gimenes, oncologista da Oncoclínicas São Paulo, não há evidências de que relacionem malformações congênitas em bebês a efeitos de tratamentos contra o câncer previamente realizado pelas mães.

“Atualmente, não é incomum tratarmos mulheres que atendam gestantes durante o tratamento, ou relacionadas ao câncer sendo grávidas. É claro que não podemos nos iludir, cada caso é único e para cada mulher há possibilidades diferentes, que devem ser avaliadas cuidadosamente, entendendo todos os aspectos que tangem a segurança para a mãe e o bebê”, afirma.

Tratamento contra o câncer é impeditivo para quem ainda deseja engravidar?

Segundo o especialista, existem alguns tratamentos oncológicos que, no caso de mulheres que ainda desejam ter filhos, podem afetar a fertilidade, provocando sintomas como a menopausa precoce e dificultando as chances de gravidez.

“O diagnóstico de um tumor gera sempre aquele pessimismo inicial. Mas, atualmente, não é incomum tratarmos mulheres que atendam gestantes durante o tratamento, ou relacionadas ao câncer sendo grávidas. É claro que não podemos nos iludir, cada caso é único e para cada mulher há diferentes possibilidades, que devem ser avaliadas cuidadosamente, entendendo todos os aspectos que tangem a segurança para a mãe e o bebê. Mas o câncer não deve ser entendido como fator que impossibilita a maternidade”, afirma.

Gimenes explica que 10% das mulheres com menos de 30 anos terão infertilidade após o tratamento do tumor. Já acima dos 40 anos, o problema pode afetar cerca de um terço dos pacientes. No entanto, existem formas de preservar a fertilidade.

Uma delas é a criopreservação de embriões, que consiste na conservação de células por meio de processo de resfriamento e manutenção a cerca de 190°C negativos. Essas condições inibem a atividade metabólica e as células ficam em estado de suspensão de suas reações químicas. “O princípio básico da criopreservação é a manutenção da previsão e da função celular após o descongelamento. Neste método, há a criopreservação de embriões”, explica Gimenes.

O método citado, popularmente chamado de congelamento de embriãotem se tornado um aliado para as mulheres com câncer, mas que desejam ser mães após o tratamento.

Outro caso é a criopreservação de ovócitos, que darão origem ao óvulo feminino. A técnica, conforme explica o especialista, tem a vantagem de eliminar a necessidade de um parceiro ou de um parceiro, ou que promova a autonomia reprodutiva feminina.

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Fonte: CNN Brasil

Victor Carvalho:
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