A Suzano, uma das maiores fabricantes de celulose, teve lucro de R$ 3,2 bilhões no terceiro trimestre deste ano, de acordo com o balanço corporativo divulgado nesta quinta-feira (24). O resultado positivo teve impacto na valorização cambial sobre a dívida e nas operações com derivativos, além da elevação da receita líquida.
No segundo trimestre, a empresa registrou prejuízo de R$ 3,7 bilhões no segundo tri e de R$ 729 milhões no terceiro tri do ano passado.
A receita líquida da Suzano no terceiro trimestre foi de R$ 12,7 bilhões, sendo 79% gerada no mercado externo (sendo 80% no segundo trimestre e 75% no terceiro). Em relação ao segundo trimestre, o aumento de 7% é explicado, pela valorização do dólar médio em relação ao real médio (6%) e maior volume vendido (4%), parcialmente compensado pelo menor preço médio líquido de celulose em dólar (- 4%).
A geração de caixa operacional, medida pelo Ebtida (Lucros antes de Juros, Impostos, Depreciação e Amortização, na sigla em inglês) menos as despesas de capital, foi de R$ 4,3 bilhões no terceiro trimestre, segundo a companhia. A redução da geração de caixa operacional por tonelada de 6% em comparação com o segundo trimestre deve-se principalmente à maior despesa de capital de manutenção por tonelada e ao menor Ebtida ajustado por tonelada. Em relação ao terceiro trimestre, o aumento de 118% na geração de caixa operacional por tonelada ocorreu em função do maior Ebtida ajustado por tonelada, parcialmente compensado pela maior despesa de capital.
A margem do Ebtida apresentou queda, passou de 55% no segundo trimestre para 53% agora. Enquanto isso, houve aumento de 4% do Ebtida do terceiro trimestre em relação ao segundo trimestre que é explicado, sobretudo, pela valorização do dólar médio em relação ao real médio (6%) e pelo maior volume vendido (4%). Esses fatores foram compensados principalmente pelo aumento da base de caixa, bem como pelo menor preço médio de líquido de celulose em dólar (-4%). O Ebtida por tonelada permaneceu estável devido aos mesmos fatores.
Já em relação ao terceiro trimestre do ano passado, o aumento de 77% no Ebtida ocorreu por causa do maior preço médio líquido da celulose em dólar (23%), da valorização do dólar médio em relação ao real médio (14%) e do maior volume de vendas (6%). O Ebtida por tonelada teve um aumento de 66% devido aos mesmos motivos.
A Suzano informou que o total da dívida bruta no fim de setembro era de R$ 87,8 bilhões, sendo 91% dos vencimentos concentrados no longo prazo e 9% no curto prazo. A dívida em moeda estrangeira representava, no final do trimestre, 80% da dívida total da companhia. Já o percentual da dívida bruta em moeda estrangeira considerando o efeito do hedge de dívida ficou em 89%.
Em comparação ao segundo trimestre, a dívida teve uma redução brutal de 1%, principalmente em função da amortização de principal e juros e variação cambial positiva de R$ 1.371 milhões, parcialmente compensada pela apropriação de juros e novas captações no período.
As despesas financeiras foram 36% maiores em relação ao segundo trimestre devido à redução em juros capitalizados a partir dos recursos investidos na execução do Projeto Cerrado, cujo start-up ocorreu em julho, compensados pela desvalorização do real médio no período. Em relação ao terceiro trimestre de 2023, as despesas financeiras registaram um aumento de 33%, devido, principalmente, à queda dos juros capitalizados, e ao aumento das despesas de juros em moeda estrangeira, em função da valorização de 9% do dólar.
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