Submersível Titan: Relembre tragédia em visita ao Titanic um ano após acidente


Uma implosão faz submersível Titan, da empresa OceanGate, completa um ano nesta terça-feira (18). A embarcação tentou chegar aos destroços do Titanic, localizado a 3.800 metros de profundidade, mas um acidente acabou matando os cinco tripulantes.

O caso chamou a atenção e dominou as manchetes do mundo inteiro, sendo o mais comentado nas redes sociais durante dias.

inicialmente, a OceanGate informou que havia perdido contato com o submersívelo que fez com que milhares de pessoas ficassem apreensivas durante as buscas, além de acompanharem uma contagem regressiva de quanto tempo o oxigênio na cabine da embarcação duraria.

A estrutura do submersível foi um dos pontos que mais chamou a atenção no caso. Ele era operado com um controle de videogame adaptado.

Gabe Cohen, repórter da CNN, visitou o Titan fora da água em 2018. Ele relatou ter ficado parecido com a tecnologia a bordo parecia simples.

“É uma embarcação minúscula, bastante apertada e pequena. Você tem que sentar dentro dele sem sapatos. Ele é operado por um controle de jogo, que parece essencialmente com um controle de PlayStation”, explicou.

Submarino desaparecido em passeio ao Titanic é operado por controle barato de videogame, parecido com um de PlayStation / Reprodução

Ao questionar a empresa sobre isso, Cohen recebeu a resposta de que não foram poupadas despesas, nem houve corte de gastos, durante a fabricação do veículo.

Entretanto, especialistas ouvidos pela CNN criticaram duramente o submersível, avaliando que parecia “amador” e “feito no fundo de quintal”.

Um submersível tem reservas de energia limitadas e precisa de um navio de apoio na superfície para lançá-lo e recuperá-lo.

O Titan era feito de fibra de carbono e titânio e tinha 96 horas de suporte de vida. Ele pesava até 10 toneladas e poderia chegar até 4 mil metros de profundidade.

Seus mergulhos até os destroços do Titanic geralmente duravam de 10 a 11 horas. A OceanGate também realizou expedições a outros naufrágios.

Um dos homens em questão é Larry Connor, um investidor imobiliário de Ohio que esteve na Fossa das Marianas e na Estação Espacial Internacional. Ele afirmou que deseja visitar o principal naufrágio da história em entrevista ao Wall Street Journal.

O CEO e cofundador da Triton Submarines, Patrick Lahey, acompanhou Connor nessa jornada. A empresa foi fundada em 2008 e realizou diversas outras explorações marítimas, inclusive o próprio Titanic.

O modelo que seria utilizado para a nova viagem, que não tem dados para acontecer, é o Triton 4000/2 Abyssal Explorer, que possui espaço para um piloto e um passageiro. Veja fotos na galeria acima.

Segundo o site da própria companhia, ele consegue alcançar uma profundidade de 4 mil metros em menos de duas horas.

A Triton também o classifica como “submersível de acrílico para mergulho mais profundo do mundo”. De acordo com o Wall Street Journal, o preço do Abyssal Explorer é de US$ 20 milhões (R$ 103 milhões).



Fonte: CNN Brasil

Victor Carvalho:
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