Síndrome metabólica grave aumenta o risco de desenvolver câncer, diz estudo

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Um estudo publicado na segunda-feira (11) mostrou que pessoas que possuem síndrome metabólica persistente e grave pode ter um maior risco de desenvolver vários tipos de câncer. As descobertas foram publicadas no jornal científico CANCER, da Sociedade Americana do Câncer.

De acordo com a SBEM (Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia), a síndrome metabólica é um conjunto de doenças infecciosas pela resistência à insulina. A condição ocorre quando um paciente apresenta três dos cinco critérios abaixo:

  • Obesidade central: normas da cintura superior a 88 cm na mulher e 102 cm no homem;
  • Hipertensão arterial;
  • Glicemia alterada ou diagnóstico de diabetes;
  • Triglicerídeos a 150 mg/dL;
  • Colesterol HDL a 40 mg/dL em homens e 50 mg/dL em mulheres.

Como o estudo foi feito?

Para o novo estudopesquisadores acompanharam 44.115 adultos na China entre 2010 e 2021. Os participantes tinham uma idade média de 49 anos e foram categorizados em quatro padrões de trajetórias e prosperidade (ou escores) diferentes para síndrome metabólica:

  • 10,56% exibiram um baixo padrão-estável e manteve uma pontuação baixa para síndrome metabólica;
  • 40,84% APRESENTARAM padrão moderado-baixo e manteve moderadas a baixas para síndrome metabólica;
  • 41,46% exibiram um padrão moderado-alto e manteve escores moderados a altos para síndrome metabólica;
  • 7,14% consegui um padrão altono qual os escores para síndrome metabólica eram elevados e aumentavam ao longo do tempo.

Durante o período de acompanhamentos, 2.271 participantes foram revelados com câncer. Segundo o estudo, as pessoas que apresentavam um padrão alto para síndrome metabólica tinham um risco 1,3 vezes maior para desenvolver qualquer tipo de câncerem comparação com o grupo que apresentou um padrão baixo-estável para a síndrome.

Em relação ao câncer de mama, o risco foi 2,1 vezes maior; para o câncer de endométrio, o risco foi 3,3 vezes maior; para o câncer renal, o risco foi 4,5 vezes maior; para o câncer colorretalo risco foi 2,5 vezes maior, e para o câncer de fígado, o risco foi 1,6 vezes maior.

Ainda de acordo com o estudo, os participantes categorizados no padrão de trajetória alto apresentaram riscos mais elevados de desenvolver todos os tipos de câncer mesmo em comparação com os outros três grupos de participantes juntos.

Além disso, segundo a pesquisa, pessoas que apresentaram síndrome metabólica grave e crônica crônicaao mesmo tempo, riscos mais altos de desenvolver câncer de mama, endométrio, cólon e fígado. Já o risco de câncer renal foi predominantemente entre os participantes com altas taxas para síndrome metabólica, mas sem inflamação crônica.

“A pesquisa sugere que o manejo proativo e contínuo da síndrome metabólica pode servir como uma estratégia essencial na prevenção do câncer”, disse o autor sênior Han-Ping Shi, da Universidade Médica da Capital, em Pequim. “Nosso estudo pode orientar pesquisas futuras sobre os mecanismos biológicos que ligam a síndrome metabólica ao câncer, resultando potencialmente em tratamentos direcionados ou estratégias preventivas. Será necessária uma avaliação formal destas disciplinas para determinar se são capazes de modular o risco de câncer.”



Fonte: CNN Brasil

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