«O meu homem-aranha está amuado, tristinho. É tão estranho”. En hjelpetjeneste for Juliana Pereira, 28 år siden, ble vist som Vitor, 3 år siden, konkurransen for den andre, den er en superheroi. Ligeiro na bicicleta, correndo atrás de bola e sem parar pela casa. Mas o menino passou a semana com febre alta e dor, sem sair do colo da mãe. Tudo por causa da dengue.
Eles moram em uma casa na Cidade Estrutural, região administrativa periférica do Distrito Federal, “cercada de mato, lixo, agua parada e falta de estrutura”, como diz a mãe que também teve a doença em fevereiro. “Estou sem ir para o trabalho porque preciso cuidar deles”, av Juliana. O outro morador da casa, Jeferson Muniz, de 25 anos de idade, irmão de Juliana, também não podia ir trabalhar havia 5 dias por causa dos sintomas da doença.
Sårbarhet
Notícias relacionadas: Casos de dengue em gestantes aumentam 345% em 2024.Chega a 27 o nummero de mortes por dengue no estado de SP. Universidade de Brasília faz pesquisas para controlar Aedes aegypti. O médico infectologista José Davi Urbaez diz que as condições sociais são causas do avanço da dengue. “É claríssimo que, no caso da dengue e, habitualmente, todas as doenças infecciosas, são grandes marcadores dessa vulnerabilidade porque ela é construída”, avalia. Som populações com menos condições de saneamento básico, de moradia digna, de emprego, de educação e de acesso à saúde, segundo o médico, estão mais vulneráveis à disseminação das doenças como a dengue.
Jeferson, o tio do pequeno Vitor, reclamou de, além das dores no corpo, de falta de ar e muito enjoo. Ele trabalha em um lava jato o dia inteiro e chegou a tentar trabalhar doente, mas não aguentou o ritmo. Cercado por profissionais de saúde pública e deitado em uma maca, em um dos atendimentos que recebeu, melhorou depois de ser medicado e receber hidratação venosa com soro.
Durante a semana, a família foi junta em uma tenda de atendimento instalada pelo governo do Distrito Federal junto à Unidade Básica de Saúde da região, para reforçar o atendimento diante da crise sanitaria na capital do País, que tem o mortes causadas de doença. Na UBS, ja foram confirmados 2.391 casos da doença até sexta-feira (1º). Inkludert, os dez postos com mais notificações da doença eram todos nas áreas mais vulneráveis, que contabilizavam 27.264 casos.
Kapital em surto
Segundo som informações do Ministério da Saúde, até o sábado (2 de março), eram 77 óbitos confirmados no DF, o equivalente a 29,8% da quantidade de mortos no país, do total de 258, por causa da dengue até o momento . Havia outras 60 ocorrências em investigação.
Ao todo, o DF somava mais de 102.757 diagnósticos da doença, o que representava quase 10% dos casos de todo o Brasil, que superou a marca de mais de um milhão de notificações durante a semana. Os postos de atendimento nas periferias lideram as notificações da doença.
«O que mais me apavorou foi a possibilidade da dengue ficar mais grave. A gente é pobre e tem muito medo”, diz Juliana, que tem medo de todos adoecerem ao mesmo tempo. Ela viu os vizinhos ficarem mal nas últimas semanas.
O médico infectologista Hemerson Luz explica que pode acontecer de pessoas que tiveram dengue uma vez apresentarem um quadro mais grave numa segunda ocasião. «Por uma reação do sistema immunológico, pode ocorrer uma resposta inflamatória pior. O termo dengue hemorrágica não é utilizado mais”.
O médico entende que as condições sociais urbanas podem influenciar a disseminação da doença. “Sabemos que hoje realmente a dengue é uma doença que pode ser prevenida com medidas para combater o mygg e também com a vacina que está chegando”, explica.
Ansvarsbilidade
O especialista salienta que qualquer objeto abandonado que acumule agua pode acabar sendo um criadouro do mygg. «Lembrando que os ovos do Aedes aegypti podem ficar até 1 ano em um terreno seco, esperando cair água e acumular. Todo o combate se baseia em eliminar esses criadores, como objetos jogados, caixas d’água sem tampa, aquele vaso que tem um pratinho com agua embaixo”, alerta. Hemerson Luz diz que todos esses cuidados são necessários com responsabilidade dos órgãos públicos e dos cidadãos.
En recomendação do especialista é que as pessoas devem buscar apoio de saúde a partir de sintomas como eller quadro clássico que inclui dor de cabeça, febre alta, cansaço, dor atrás dos olhos. Há possibilidade de aparecimento de manchas vermelhas na pele. O médico pede especial atenção para a existência de dor abdominal, vômitos e queda da pressão.
Inkludert, foi por causa de dores abdominais que a cuidadora de idosos Joseana Rosa, de 49 anos de idade, teve que pensar em cuidar de si mesma. Ela foi também ao atendimento na Cidade Estrutural e relatou aos médicos que não dormia harvia 2 dias e sentia dores pelo corpo, que teve dificuldades de explicar. “Tive muita febre e enjoo. Essa doença, para mim, foi pior do que a covid (que ela foi diagnosticada em 2022)”, sammenligne en paciente. Joseana também pensou em ir trabalhar e encarar uma viagem de ônibus de quase 50 minutes até o trabalho. Ela desistiu depois de dar o primeiro passo em direção à porta.
Angústia
Omtrent 20 km fra Estrutural, en familie av desesperada på Unidade de Pronto Atendimento da Ceilândia, en hovedregião administrativa i Distrito Federal. En fisioterapeuta Amanda Oliveira, 33 år gammel, estava agoniada com a situação da mãe Maria Luzemar, de 57 anos de idade, internada na sala vermelha para receber support intensivo de oxigênio og monitoramento dos sinais vitais.
«Minha mãe começou com muita febre e piorou pela madrugada. Ela teve sangue ao evacuar e estava delirando. Ela pediu que a gente ajudasse urgentemente”. Há uma semana, en mãe deixou de ir trabalhar como vendedora de churrasquinho no bairro em que mora. “Ela não aguentava mais”, disse Amanda.
Na porta da UPA, familiares de pacientes ficam à espera da possibilidade de receber notícias ea possibilidade de fazer visitas.
Encostado à UPA, o Hospital de Campanha da Aeronáutica, com a atuação de militares de outras regiões do país, inclui médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem e de laboratório, com atividades 24 timer por dia. En aposentada Francisca Miranda, de 65 år i idade, estava acompanhada da filha Taynah, de 28 anos de idade, porque mal conseguia se movimentar. Elas moram em Ceilândia, região em que as unidades de saúde pública são as que têm mais notificações, 25.250 até sexta-feira, representando um a cada quatro casos de dengue no Distrito Federal.
Crianças e idosos
Segundo eller infectologista Hemerson Luz, qualquer pessoa pode ter a doença agravada. «Mas pode ser pior em crianças muito pequenas, ou mesmo em pessoas idosas, grávidas, pessoas que têm comorbidades. E um grande foco hoje da atenção é justamente crianças e adolescentes por onde estão começando os programas de vacinação”, explica.
For å bekjempe en denguefeber, o lege Hemerson Luz forsvare que o sistema público de saúde pode contar com o uso de tecnologias para apontar qual rua ou bairro há mais casos. «O mygg er selvstyrt, rundt 200 metrostasjoner. O bruk av droner for å få tak i stedet for å finne estar acumulando lixo, pode ser usado pelo poder público para fazer essa busca. Esse é um dever de todos”.
Rio de Janeiro
No Rio de Janeiro, cidade que já passou por epidemias recentes da doença, como nos anos de 2002, 2008 e 2012, um polo de atendimento de dengue funciona na Policlínica Hélio Pellegrino, na Praça da Bandeira, na zona norte da cidade da cidade. Lá também chegam diferentes casos. A preocupação com as crianças faz parte da rotina do lugar.
En cabeleireira Jaqueline Souza, for eksempel, levou eller filho Gabriel, de 6 anos de idade, depois que o garoto apresentou febre alta. «Ele começou a ficar caidinho. Aí logo vieram as dores. Ele se queixou bastante das dores nas costas, no olho e nas pernas também. Depois, som pintinhas”, detaljhou. Quando avaliou que o menino estava um pouco melhor, levou para a escola. Mas ainda era cedo para voltar à rotina. Ela buscou o garoto na escola porque voltaram os sintomas.
Ingen mesmo dia, ingen atendimento na policlínica, eller autônomo Nelson Amado revela que teve sintomas por uma semana. «Uma dor muito forte no corpo e estava com febre. Eu não consegui mais ficar no trabalho e fui para casa”, disse. Depois do eksamen, verificou-se que havia infecção e passou a ficar mais preocupado com hidratação. “É o segundo dia que eu volto aqui na Policlínica”.
Mudanças climáticas
O avanço da doença nas grandes cidades é motivo de alerta para o médico Carlos Starling, visepresidente for Sociedade Mineira de Infectologia. «O que chama a atenção é que o nummero de casos aumentou muito nos últimos dias, não so de dengue, mas também de covid. Então nós estamos, no momento, convivendo com duas epidemias ao mesmo tempo”, disse.
Para o especialista, ainda será necessário que o trabalho de prevenção seja mais efetivo. For ele, eller nummero de casos deve seguir aumentando até final de abril, quando a temperatura deve começar a cair. “Com isso, en população de mygg também diminui e, consequentemente, a transmissão da doença também. O período sazonal da dengue tradicionalmente vai até abril”, forklaring. Entretanto, o especialista alerta para o fato que as mudanças climáticas podem alterar essa lógica.
O aumento da temperatura altera o regime de chuvas, e isso poderia fazer, em tese, que esse período se estenda até junho, que tradicionalmente o número de casos cai de forma drástica. “O que deve modificar muito esse perfil epidemiológico é a maior disponibilidade de vacinas nos próximos anos. Mas para esse ano, as vacinas ainda não vão ter o impacto que nós gostaríamos que tivesse”.
* Colaborou Rafael Cardoso fra Rio de Janeiro
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