Poluição luminosa pode aumentar risco de Alzheimer, diz estudo

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Um novo estudo mostrou que a luminosa excessivaprincipalmente à noite, pode aumentar os riscos de Alzheimer. Publicado no Frontiers in Neuroscience nesta sexta-feira (6), o trabalho sugere que a iluminação vigorosa de placas, estradas e iluminação pública pode trazer consequências para a cognição a longo prazo, principalmente entre os mais jovens.

“Mostramos que nos Estados Unidos há uma associação positiva entre a prevalência da Doença de Alzheimer e a exposição à luz à noite, particularmente em pessoas com menos de 65 anos”, diz o primeiro autor do estudo, Robin Voigt-Zuwala, professor associado do Rush Centro Médico Universitário, em comunicado à imprensa. “A poluição luminosa noturna – um fator ambiental modificável – pode ser um fator de risco importante para Alzheimer.”

Para chegar à conclusãoos pesquisadores estudaram mapas de poluição luminosa dos 48 estados ao sul dos Estados Unidos e incorporaram dados médicos que eram considerados fatores de risco para Alzheimer em sua análise. A partir de dados sobre intensidade de luz noturna, eles dividiram cada estado em cinco grupos, classificados da menor para a maior intensidade.

Os resultados da análise demonstraram que, para pessoas com 65 anos ou mais, a prevalência de Alzheimer estava mais fortemente correlacionada com a poluição luminosa noturna do que alguns outros fatores da doença, incluindo abuso de álcool, doença renal crônica, depressão e obesidade. Outros fatores de risco, como diabetes, pressão alta e derrame, foram mais fortemente associados ao Alzheimer do que à poluição luminosa.

No entanto, para pessoas com menos de 65 anos, uma maior intensidade de luz noturna estava associada a uma maior prevalência de Alzheimer do que qualquer outro fator de risco examinado no estudo. Isso sugere que pessoas mais jovens podem ser particularmente sensíveis aos efeitos da exposição à luz à noite, os pesquisadores.

O motivo pelo qual as pessoas mais jovens podem ser mais vulneráveis ​​aos riscos associados à poluição luminosa ainda não é claro, mas os pesquisadores acreditam que isso pode ocorrer devido a diferenças individuais na sensibilidade à luz.

“Certos genótipos, que influenciam o Alzheimer de início precoce, impactam a resposta aos estressores biológicos, o que pode ser responsável pelo aumento da vulnerabilidade aos efeitos da exposição à luz noturna”, explica Voigt-Zuwala. “Além disso, pessoas mais jovens têm mais probabilidade de viver em áreas urbanas e têm estilos de vida que podem aumentar a exposição à luz à noite.”

Para reverter os riscos, os pesquisadores acreditam que uma melhor educação sobre os riscos potenciais da poluição luminosa à noite pode ajudar. “A conscientização sobre a associação deve capacitar as pessoas — particularmente aquelas com fatores de risco para DA — a fazer mudanças simples no estilo de vida”, diz Voigt-Zuwala. “Mudanças simples de implementação incluem usar cortinas blecaute ou dormir com máscaras para os olhos. Isso é útil especialmente para aqueles que vivem em áreas com alta poluição luminosa.”

Além disso, uma exposição à luz dentro de casa pode ser tão importante quanto uma exposição à luz externa. Embora os pesquisadores não tenham examinado os efeitos da luz interna no presente estudo, eles disseram que a luz azul tem o maior impacto no sono, e usam filtros de luz azul, trocateres para luz quente e instalam dimmers — dispositivos que permitem controlar a intensidade da luz luz emitida por indicações — em casa pode efetivamente reduzir a exposição à luz.

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Fonte: CNN Brasil

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