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PF e PRF prendem 8 policiais suspeitos de cobrar propina de traficantes


A Polícia Federal (PF), com apoio da Corregedoria da Polícia Rodoviária Federal (PRF), prendeu oito agentes da PRF em uma investigação de cobrança de propina para liberar passagem de trens com drogas em algumas rodovias do Nordeste, em especial no estado de Pernambuco .

A operação, deflagrada nesta terça-feira (23), também envolveu um empresário e busca dois intermediários, que são considerados foragidos.

A decisão da Justiça Federal é sob sigilo, mas a CNN apurou que também foi determinada a apreensão de celulares e computadores dos suspeitos, bem como a apreensão das armas funcionais e particulares dos agentes, fardas, uniformes e distintivos, sendo “qualquer item referente à PRF”, segundo a decisão.

A investigação da Delegacia de Repressão a Crimes Fazendários (Delefaz) da PF de Pernambuco com a Corregedoria da PRF acordos que a cobrança de propina por parte dos agentes variava de R$ 50 a R$ 2 mil.

E que os caminhões com drogas usavam um código para conseguirem transitar sem fiscalização. As carretas tinham tacógrafos com dizeres específicos para os policiais saberem que “aquele faria parte do esquema”.

A PF aponta que havia também cobrança de propina contra motociclistas, em porções pequenas.

A investigação começou após a apreensão de 550 quilos de cocaína no porto de Natal (RN), em 2021. Um ano depois, dois empresários foram presos e tiveram celulares apreendidos.

Segundo apurou a CNN, a perícia no celular dos presos relatou que houve conversas entre empresários sobre pagamento de propina a três agentes da PRF de Pernambuco. A pesquisa então passou do Rio Grande do Norte para a PF Recife, que em maio do ano passado selou cooperação na investigação com a PRF e avançou no caso.

Nas conversas dos empresários periciadas também havia mensagens com um policial e o assunto seria propina. A investigação que havia mais policiais envolvidos, que chegou ao total de oito, que tiveram a prisão decretada.

Procurada, a Corregedoria-Geral da Polícia Rodoviária informou que acompanhou todo o processo. Mas que “por decisão judicial, as informações a respeito da operação são mantidas sob sigilo”. A PF não se pronunciou pelo mesmo motivo do sigilo.



Fonte: CNN Brasil

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