Para ajudar no combate à dengue, a prefeitura do Guarujá, cidade litorânea de São Paulo, tem utilizado pequenos peixes predadores em locais com grande acúmulo de água. O objetivo é evitar que as larvas se desenvolvam e se transformem no Aedes aegypti adulto, transmissor do mosquito da dengue.
De acordo com a prefeitura do Guarujá, os peixes utilizados para a ação são os da espécie Poecilia Reticulata, popularmente conhecido como “barrigudinhos”. Eles se alimentam predominantemente por larvas do mosquito da dengue, além de serem resistentes às variações de temperatura à poluição orgânica da água. Por isso, são comumente escolhidos para ações de combate à doença.
Segundo Marcos Antônio Ramos, supervisor geral da vigilância entomológica, entre as vantagens de usar os “barrigudinhos” para este projeto está a redução no uso de emprego de produtos químicos nas águas, além da facilidade de encontrá-los.
“É um controle biológico ambiental, pois os peixes são encontrados facilmente na natureza, em diversos córregos da Cidade. Além de eliminar a necessidade do uso de inseticidas”, apontou, em comunicado à imprensa.
Além disso, o tamanho pequeno do peixe favorece seu movimento em locais estreitos devido à vegetação ou ao acúmulo de lixo. Entre os principais pontos escolhidos para a ação dessas espécies estão piscinas abandonadas, obras paradas ou em andamento, além de poços de elevador. Esses são possíveis criadores do mosquito da dengueaumentando a chance de transmissão do vírus.

Ao serem colocados nesses reservatórios, os peixes são reproduzidos e são monitorados pelos agentes de vigilância em saúde. No momento, o município do Guarujá está monitorando 87 desses locais.
Compartilhe: