Não houve consenso em torno dos opositores inscritos, diz Corina Yoris à CNN

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Corina Yoris, oposicionista que teve uma candidatura para a eleição presidencial barrada na Venezuela, disse neste sábado (30) em entrevista exclusiva à CNNque não houve consenso na oposição em torno de nenhum dos candidatos que desejam se registrar.

Yoris foi indicada pela líder da oposição María Corina Machado para representá-la no pleito.

O prazo para a inscrição das candidaturas foi dos dias 21 a 25 de março, mas, segundo Corina Yoris, ao tentar entrar no site do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela para registrá-la, nem a Mesa da Unidade Democrática (MUD) , nem o partido Um Novo Tempo (UNT) Obtenha acesso ao sistema.

“Os partidos da Plataforma Unitária (bloco de partidos opositores) que entraram no sistema não receberam o código necessário para a inscrição. Não foi uma pessoa informada à minha pessoa, se você tentou, teria o mesmo problema, porque não chegou o código”, explica Yoris, que afirma que tentou ir pessoalmente à sede do CNE, mas não conseguiu passar pelo controle militar do perímetro, já que só candidatos inscritos podem prosseguir.

Mas, minutos antes de terminar o prazo das candidaturas, o governador do estado de Zúlia, Manuel Rosales, acabou registado para representar a sigla. “Tem que ter sido um milagre”, diz, irônica, sobre o registro, que chamou de “unilateral”.

“Qualificamos essa ação como equivocada, porque ocasionou atritos”, avaliou.

“Ainda tem vários dias para que possamos conversar, ver onde podemos chegar, mas não podemos chegar a acordos de costas para a cidadania”, pondera.

Yoris também afirma que nem mesmo a inscrição de Edmundo González Urrutia, ex-embaixador venezuelano na Argentina e na Argélia, horas depois do fechamento do prazo das inscrições, foi um consenso com toda a Plataforma Unitária.

Na rede social X, antigo Twitter, o bloco opositor disse ter conseguido uma prorrogação no prazo e que inscreveu o ex-embaixador diante da “clara impossibilidade de registrar a candidatura eleita por fatores democráticos, a fim de continuar lutando por isso e garantir a inscrição desta candidatura”.

Assim, inscreveram-se provisoriamente Urrutia, que é presidente da MUD.

“Não foi (uma decisão de) toda a plataforma, e tem objeção. Quando perguntam para María Corina (Machado), inclusive, ela afirma que a candidata dela continua sendo Corina Yoris”, diz a aspirante a candidata, ressaltando ter apreço pelo ex-embaixador.

“Acho que ele aceitou com o argumento de que está preservando a inscrição do partido, porque agora tem um prazo para haver substituições”, continua.

Segundo a normativa venezuelana, o candidato inscrito por um partido pode ser substituído até 10 dias antes das eleições em caso de morte, renúncia ou incapacidade física, ou mental.

“Agora estamos tentando preservar a unidade, porque, senão, treinaremos a confiança da população”, disse à CNN.

Questionada pela CNN Sobre a declaração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ela declarou que “houve uma demora” no posicionamento brasileiro, mas o importante é que isso aconteceu.

“Eu comemorei as declarações dele (…) por ter se manifestado, dito que as eleições que são respeitadas, limpas, transparentes, críveis, para honrar o Acordo de Barbados que nós respeitamos, nós respeitamos esse acordo de Barbados da primeira à última linha . Quem não respeitou foram eles. Então acho que as manifestações por parte do Brasil foram muito acertadas, e aproveito a oportunidade de agradecer ao presidente Lula”, pontudo.



Fonte: CNN Brasil

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