Mesa Diretora do Senado: entenda como funciona a eleição dos membros


Com o fim do ano cada vez mais próximo, começamos as movimentações internas para definir os blocos e candidaturas que disputarão as vagas da Mesa Diretora do Senado Federal. Ao todo, serão eleitos 11 novos membros: um presidente, dois vice-presidentes, quatro secretários titulares e quatro secretários suplentes.

Após o pleito, que será realizado internamente no começo de 2025, os candidatos escolhidos terão um mandato de dois anos, com direito a uma reeleição. O atual presidente, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), já está no seu segundo mandato e não poderá concorrer a mais um.

Entre 1988 e 2019, a ocupação da Mesa do Senado seguiu um sorteio de proporcionalidade — isto é, quanto mais senadores um partido tinha, maior era sua prioridade para ocupar as vagas disponíveis. Nos últimos cinco anos, no entanto, a distribuição tem sido mais direcionada por acordos partidários.

A seguir, um CNN explica como funcionam as eleições para a Mesa Diretora do Senado Federal.

Quem integra a mesa?

Ao todo, 11 senadores integram a Mesa: um presidente, dois vice-presidentes, quatro secretários titulares e quatro suplentes.

Presidente: convocar e presidir as sessões da Casa e as sessões conjuntas do Congresso Nacional; dá posse aos senadores; representa os interesses do Senado e do país no Plenário; definir as pautas das sessões; e decidir questões de ordem

1º e 2º vice-presidentes: substituir, nessa ordem, o presidente em situações de ausência ou impedimento.

1º secretário: responsável pela listagem dos resultados de votações; pela leitura de correspondências oficiais e documentos relativos às sessões; supervisão das atividades administrativas da Casa.

2º secretário: lavra as atas das sessões secretas, as lê e assina e depois do 1º secretário.

3º e 4º secretários: fazem as chamadas dos senadores, contam votos e auxiliam o presidente na apuração das eleições.

Suplementos: substituir os secretários nos casos de ausência ou impedimento.

Eleição segue posição dos cargos

As cargas da Mesa são necessárias de acordo com a classificação de cada posto. O primeiro escolhido é o presidente; depois os vice-presidentes, secretários e, finalmente, suplentes.

À presidência, carga mais importante da Mesa, qualquer senador pode se candidatar. Embora as candidaturas avulsas sejam possíveis, são legítimas e não costumam receber muitos votos, pois não são construídas sobre acordos partidários. Por isso, o modelo mais comum de candidatura é baseado em um bloco parlamentar

Definidos os candidatos, todos os 81 senadores fazem seus votos. Diferentemente do modelo utilizado na Câmara, onde adota-se a urna eletrônica, o pleito no Senado utiliza células impressas. Ambas as votações são secretas, e é eleito o candidato que recebe a maioria dos votos.

Até a publicação desta reportagem, dois nomes já foram lançados na disputa pela carga: Davi Alcolumbre (União-AP) e Soraya Thronicke (Podemos-MS). Apesar disso, o quadro não é final. Novas candidaturas podem aparecer, e candidaturas atuais podem ser revistas.

Vices, secretários e suplentes

Conforme mencionado anteriormente, a maior parte das cargas vêm sendo distribuídas de acordo com negociações parlamentares, e não proporcionalidade, nos últimos anos. Apesar disso, os tamanhos da bancada podem influenciar o poder de barganha dos partidos na negociação.

Em 2019, por exemplo, a eleição aconteceu com chapa única, pois os partidos já haviam negociado a distribuição das cargas. Os parlamentares escolhidos para cada posição foram definidos pela sigla obtida por meio da união, com a votação assumindo caráter quase simbólico.

O cenário se repetirá na eleição seguinte, com apenas o cargo de 1º vice-presidente sendo efetivamente definido por meio de votação, já que não houve acordo.

Há, ainda, casos em que os arranjos partidários não envolvem somente as cargas da Mesa Diretora, mas também posições em comissões da Casa.

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Fonte: CNN Brasil

Victor Carvalho:
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