O médico André Lorscheitter Baptista, de 50 anos, foi preso nesta terça-feira (29) suspeito de matar a própria esposaem Canoas (RS). A polícia acredita que ele tenha envenenado Patrícia Rosa dos Santos e, depois, medicação aplicada restrita desviada do SUS.
O delegado Rafael Pereira, do Departamento de Homicídios do RS, diz ter certeza da participação de André. “A gente tem a verdade, é caso de cinema, caso de Netflix. Ele usou da habilidade de médico que ele tem para matá-la”, disse.
No local onde estava o corpo, foi encontrado um pote de sorvete que já foi enviado à perícia. Além da imagem que mostra um comprimido no líquido, o laudo aponta a presença de Zolpidem, medicamento controlado utilizado para induzir o sono profundo.
O delegado Rafael Pereira, diz não ter dúvidas sobre o planejamento do crime. “A principal hipótese é que ele colocou zolpidem no sorvete. Ele induziu ela ao sono profundo e se aproveitou disso para injetar midazolam e sucitrat nos pés da esposa”, explicou.
Os medicamentos injetados nos pés também são de uso restrito. Segundo o delegado, André desviou os medicamentos do Samu e fez a aplicação nos pés de Patrícia de forma pensada. “Ele injetou nos pés já que, provavelmente, que se ele injetasse no braço, não conseguiria o atestado de morte natural”.
Quando a polícia chegou ao local, por um pedido de família que desconfiou, André já tinha um atestado de óbito feito por outro médico, com infarto como causa da morte. “Ele desviou a medicação para matá-la. Ele é médico da emergência do Samu, quis usar isso para forjar um infarto e conseguiu isso porque tinha um atestado. Até o carro da funerária já estava lá quando uma equipe da polícia chegou”, disse o delegado.
Patrícia Rosa dos Santos, tinha 41 anos, e trabalhava como enfermeira. Ela tinha um filho de 2 anos com o médico André.
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