O presidente venezuelano Nicolás Maduro criticou na quinta-feira (4) a posição do presidente da Argentina, Javier Milei, que sugeriu uma união de países latinos para a aplicação de sanções contra a Venezuela.
Em entrevista no último domingo (31) ao jornalista Andrés Oppenheimer, da CNNMilei foi questionado se adotaria medidas para “promover a democracia” na Venezuela.
“Aqui (na Argentina), o governo anterior não teria condenado uma ditadura. Então, por princípio, nós (Argentina, Peru, Uruguai e Costa Rica) fizemos uma reportagem enfática que expressou esses alertas e, obviamente, se nós tivermos que ir adiante com avaliações, eu não teria nenhum tipo de problema com isso”, respondeu Milei. .
Rebatendo a posição do argentino, Maduro diz que o que chegou ao poder com Milei na Argentina “foi o fascismo, o sionismo, que é o novo fascismo”.

“Agora Milei fala sobre como vai liderar uma cruzada para que a Venezuela seja sancionada, cercada e espancada”, disse o presidente durante entrevista em seu programa intitulado “Maduro Podcast”.
Em sua entrevista com a CNNo líder argentino falou, ainda, em “carnificina sem precedentes” na Venezuela, e comparou o país de Maduro à “ilha-prisão de Cuba”, além de acusá-lo de promover uma ditadura.
Maduro, na presença de pedido no programa, argumentou que o novo governo argentino deixou o país sem os “símbolos da Argentina rebelde e profunda”, e que há tentativa de derrubar outros nomes marcantes na política, citando o caso da ex-presidente Cristina Kirchner , que teve uma arma apontada para o seu rosto em tentativa de assassinato por um brasileiro em setembro de 2022.
O rival de Milei, contudo, disse ter confiança no povo argentino.
“(O povo argentino) é o povo de San Martín, assim como o nosso povo venezuelano é o povo de Bolívar, tivemos os dois grandes libertadores da América do Sul e do norte da América do Sul.”
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