Acabou no domingo (24) a décima primeira edição do Lollapalooza, a primeira organizada pelo Rock World, empresa responsável pelos festivais The Town e Rock in Rio.
Nos palcos, as estreias de SZA e Blink-182 no Brasil, e o retorno de nomes como Limp Bizkit e Sam Smith deram o tom do evento. Fora deles, a chuva, o frio e a lama foram os vilões.
Fotos: veja como foi a estrutura do Lollapalooza 2024
Quer saber o que deu certo e o que ainda pode melhor no Lollapalooza? A CNN conta abaixo:
O que deu certo?
1. Fim dos banheiros químicos
Problema frequente nas edições anteriores do festival, os banheiros químicos apareceram no Autódromo de Interlagos em 2024.
As estruturas que provocavam mal cheiro no festival foram substituídas por banheiros em contêineres semelhantes aos usados no Rock in Rio. O festival carioca também é operado pela Rock World, que assumiu a operação do Lollapalooza neste ano.
2. Filas menores para comida e bebida
As filas, grandes vilas das edições anteriores, não foram um problema em 2024. Houve mais pontos de venda espalhados pelo Autódromo, que não ficaram superlotados nem depois do anoitecer, horário de pico do evento.
3. Pontos gratuitos de hidratação
Oito estações de hidratação oferecem água de graça ao público do festival. Por lá, as pessoas ainda tinham o direito de retirar um squeeze que poderia ser reabastecido durante todo o evento.
4. Transporte 24 horas
Um último problema resolvido nesta edição do Lollapalooza foi a volta para a casa dos fãs que foram ao festival.
Se em outros anos as pessoas que fizeram até o fim dos últimos shows não conseguiram embarcar na estação de trem Autódromo – principal meio de transporte para quem vai ao evento, este ano foi diferente.
A organização do Lollapalooza firmou uma parceria com a ViaMobilidade, o Metrô de São Paulo e a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) que garantiu três benefícios:
Estação Autódromo, da linha 9-Esmeralda, aberta 24 horas por dia para embarque;
Todos as estações de trem e metrô abertos 24 horas por dia para desembarque e baldeação;
Trens expressos da estação Pinheiros à estação Autódromo por R$ 30 (ida e volta).
O que precisa melhorar?
1. Muita lama
A chuva que caiu na sexta-feira (22) e no sábado (23) sobre o Autódromo José Carlos Pace provocou uma formação de poças de lama que tornavam intransitável a ligação entre o palco Budweiser e os palcos Samsung e Alternativo.
O caminho é a via que concentra os maiores volumes de deslocamento no evento, já que liga os principais palcos, com as atrações mais esperadas.
Para o domingo, a organização do Lollapalooza construiu um caminho com estruturas de plástico para que as pessoas não precisassem pisar na lama. Mas, fora deles e nos espaços onde o público via os shows, o lamaçal persistiu.
Entretanto, no final do último dia, domingo (24), as placas ficaram cheias de lama e não serviram para ajudar o deslocamento.
2. Fila nos banheiros
Se para comer e beber o público do Lolla não enfrentava filas, o mesmo não se aplicava para quem tentava ir ao banheiro nos horários de pico.
O problema foi identificado, sobretudo, no término dos principais shows de cada noite. Os banheiros não deram vazão à quantidade de pessoas que os usaram.
3. Falta de abrigo para chuva
A chuva que caiu de forma intermitente na sexta-feira e no sábado evidenciou outro problema: não havia espaços suficientes para quem buscava se abrigar da chuva.
Os estandes de ativação das marcas e as tendas colocadas pela organização da festiva lotavam rapidamente ao menor sinal de chuva.