Lixeira de pia contamina alimentos? 5 pontos para ter cozinha mais higiênica


A cozinha é um dos ambientes mais vulneráveis ​​à proteção de bactérias e outros microrganismos, especialmente quando não são seguidas práticas de higiene.

Embora muitos não percebam, alguns hábitos rotineiros, como o uso de lixeiras de pia ou ter panos de prato e esponjas mal higienizadas, podem representar riscos significativos à saúde.

Lixeiras de pia: um risco evitável

Embora comuns em muitas casas, as lixeiras de pia não são recomendadas para a cozinha, alerta Nélida Delamoriae, bióloga e coordenadora do setor de Microbiologia do Hidrolabor. Esses recipientes acumulam grande quantidade de matéria orgânica e umidade, criando um ambiente ideal para o crescimento de microrganismos e atraindo tremendamente como moscas, formigas e até roedores. “A proximidade do lixo com os alimentos aumenta o risco de contaminação”, explica Delamoriae.

Segundo um especialista, se o uso da lixeira de pia for realizado, é fundamental que o saco de lixo seja trocado com frequência, e a lixeira, lavada diariamente, especialmente após o descarte de alimentos de maior risco, como carnes cruas.

O biomédico Roberto Martins Figueiredo, conhecido como “Dr. Bactéria”, reforça que, idealmente, as lixeiras devem ser mantidas longe das superfícies onde os alimentos são preparados. “O lixo de pia é um foco constante de germes, e sua presença próxima aos alimentos potencializa a chance de contaminação cruzada”, pontua.

Esponjas e panos de prato: “inimigos” invisíveis

Outro ponto crítico na cozinha são as esponjas de lavar louça. Com o tempo, elas se tornam um verdadeiro reservatório de bactérias, devido ao acúmulo de resíduos e umidade. Para evitar riscos, Figueiredo recomenda uma troca semanal de esponjas, além de métodos de detecção como a investigação em água fervente por 3 a 5 minutos ou a utilização de micro-ondas por 2 minutos. Esponjas contaminadas costumam apresentar mau cheiro e até mudança de cor ou textura, o que indica a necessidade de descarte imediato.

Os panos de prato também merecem atenção especial. Segundo Delamoriae, o ideal é que sejam lavadas com frequência, principalmente após o contato com carnes cruas. “Esses panos podem se tornar fontes de contaminação se não forem higienizados corretamente”, afirma o microbiologista. A recomendação é que os panos sejam trocados semanalmente ou sempre que estejam úmidos, e que a lavagem seja feita com água quente e sabão, seguida de imersão em solução de água sanitária.

Figueiredo sugere que o uso de toalhas de papel ou panos adicionais pode ser uma opção mais segura para evitar a contaminação cruzada. “Panos reutilizáveis ​​podem, sem o cuidado necessário, transferir bactérias de um lugar para outro, enquanto toalhas de papel, por serem aplicadas, reduzem esse risco”, completa o biomédico.

Superfícies e tábuas de corte: foco na infecção

As bancadas de trabalho, tábuas de corte e mobília de madeira também estão entre os principais pontos críticos da cozinha. Delamorae destaca que materiais porosos, como a madeira, tendem a absorver resíduos, dificultando uma limpeza eficaz. “É importante usar produtos desinfetantes adequados, como soluções à base de cloro ou peróxido de hidrogênio, que são mais eficazes na eliminação de microrganismos”, recomenda.

Figueiredo também sugere que as superfícies de trabalho sejam sempre higienizadas após cada uso, utilizando água e sabão antes da aplicação de desinfetantes. Ele destaca que o vinagrepopularmente utilizado como agente de limpeza, não é eficaz na contaminação, embora possa ajudar na remoção de sujeira superficial. Já a água sanitária, quando usada corretamente, é uma boa opção para desinfecção de superfícies e roupas, mas é importante que seja aplicada após a limpeza inicial e em especificações.

Outro ponto importante é ter uma tábua separada para carnes cruas e para vegetais, para evitar contaminação cruzada.

Práticas diárias de higiene na cozinha

Para manter a cozinha livre de bactériasé essencial adotar hábitos de limpeza diários. “A limpeza regular das superfícies e a privacidade adequada dos móveis após o uso de carnes cruas são fundamentais para evitar a contaminação”, afirma Delamoriae. Ela também recomenda o uso de luvas ao manipular alimentos de origem animal e a separação de louças de limpeza: um para superfícies e outro para louças.

Além disso, os especialistas enfatizam a importância de prestar atenção a outros itens comuns na cozinha, como fachadas e prateleiras de geladeiras. “Estes itens, quando negligenciados, podem acumular resíduos e se tornar focos de contaminação”, alerta Figueiredo. Para evitar problemas, a recomendação é verificar regularmente a validade dos alimentos armazenados e descartar imediatamente aqueles com sinais de mofo ou mercadorias.

Cuidado com o armazenamento de alimentos

Por fim, os especialistas ressaltam a necessidade de cuidados na hora de armazenar os alimentos. Deixar itens semipreparados abertos ou desestampados na cozinha pode aumentar o risco de contaminação, tanto por bactérias quanto por pragas, como formigas. Figueiredo lembra que alimentos perecíveis não devem permanecer à temperatura ambiente por mais de duas horas, devendo ser armazenados na geladeira logo após o preparo.

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Fonte: CNN Brasil

Victor Carvalho:
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