Oito dos 11 juízes da Suprema Corte do México renunciaram e se recusaram a participar de uma eleição para o tribunal marcada para junho, informou o tribunal na quarta-feira (30).
De acordo com uma declaração, a presidente do tribunal, Norma Pina, apresentou sua renúncia, assim como Luis Maria Aguilar, Jorge Mario Pardo, Alfredo Gutierrez, Alberto Perez, Javier Laynez, Juan Luis Gonzalez e Margarita Rios.
Sete das renúncias dos juristas entrarão em vigor em 31 de agosto de 2025, enquanto Aguilar deixará o cargo em 30 de novembro.
As renúncias são o resultado de uma reforma constitucional promulgada no mês passado que exigiu que todos os juízes fossem eleitos por voto popular.
UM reforma exige que os juízes renunciem antes da eleição de junho se não quiserem participar do processo eleitoral e desejarem manter sua pensão, ou correrão o risco de perdê-la, provocando protestos entre os trabalhadores judiciais.
A lista de renúncias aumenta à medida que a Suprema Corte do México e o bloco governante aumentam, aumentando o risco de uma crise constitucional, já que o Congresso e a presidência continuam em desacordo com o judiciário sobre a reforma.
“É necessário ressaltar que esta renúncia não implica uma acessibilidade implícita da constitucionalidade da reforma”, disse a juíza Gutierrez em uma carta de renúncia na terça-feira.
Em sua carta ao Senado na quarta-feira, Rios disse que sua renúncia “não deve ser vista como um endosso implícito de uma estrutura (de reforma) que continua controversa”.
A Suprema Corte de 11 membros verá seu número limitado para nove como parte da reforma. Três juízes atuais apoiaram publicamente a reforma.
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