Cientistas descobriram que camadas de gelo empoeiradas criadas condições para sustentar a vida fotossintética na superfície de Marte. Mesmo não provando que o ambiente é habitado, a descoberta definir áreas-chave para futuras buscas por vida.
O que torna a vida no planeta vermelho inviável nas condições atuais são os altos níveis de radiação. Entretanto, os investigadores encontraram locais em que o gelo empoeirado consegue absorver as ondas e proteger as células abaixo de sua superfície.
O estudo publicado na revista Comunicações Terra e Meio Ambienteda Nature, nesta quinta-feira (17) detalhava a profundidade em que uma célula precisaria estar para ser protegida pelo gelo empoeirado.
O grupo de pesquisa descobriu que uma camada muito grossa de cristais bloqueava a radiação, impedindo o desenvolvimento da vida. Então, definimos como zonas habitáveis radiativas — locais rasos o suficiente para receber luz para fazer a fotossíntese, mas profundos ou bastante para serem protegidos da radiação.
Dependendo da pureza dos cristais de gelo e do tamanho das partículas, foi estimado que esse local esteja entre 5 e 38 centímetros abaixo da superfície marciana. A poeira, neste contexto, tem a função de derreter alguns pontos do material congelado e fornecer água líquida para que a vida fotossintética sobreviva.
O estudo também destaca que, nos polos de Marte isso seria impossível, então os dados mostram que esses locais ficam em áreas de latitudes médias — entre aproximadamente 30 e 50 graus de latitude.
Mesmo não provando que na vida existem esses pontos da superfície marciana, esses podem ser áreas-chave para futuras buscas pela vida no planeta.
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