Ó presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, Anunciou, na terça-feira (21), um plano ambicioso de investimento em inteligência artificial (IA) que promete revolucionar o setor tecnológico do país.
O projeto, denominado Stargate, prevê um transporte de US$ 500 bilhões ao longo dos próximos anos, com US$ 100 bilhões disponibilizados imediatamente.
Em entrevista à CNNo especialista em tecnologia Artur Igreja analisou o impacto desse movimento e a posição do Brasil nesse contexto.
Brasil como coadjuvante na revolução da IA
Enquanto os Estados Unidos se preparam para investir meio trilhão de dólares, o Brasil anunciou no ano passado o Plano Brasileiro de Inteligência Artificial, com previsão de investimento de R$ 28 bilhões até 2028, o equivalente a um pouco mais de US$ 3,8 bilhões .
Esse montante anunciado por Trump, que inclui US$ 100 bilhões imediatos e o restante distribuído ao longo de quatro anos, representa aproximadamente um quarto do PIB brasileiro.
“O Brasil não protagonista é essa história”, afirmou Igreja, destacando a disparidade entre os investimentos.
O especialista ressaltou que, embora o Brasil tenha excelentes empresas que utilizam e desenvolvem IAs, o país não possui protagonismo mundial e não está bem posicionado competitivamente nesse setor.
Isso significa que o Brasil será predominantemente um consumidor dessas tecnologias, em vez de um desenvolvedor líder.
Nova corrida tecnológica
O anúncio do projeto Stargate coloca os Estados Unidos na vanguarda da corrida tecnológica global, especialmente em relação à China.
Sam Altman, CEO da OpenAI, declarou que o objetivo do projeto é alcançar a chamada ‘AGI’ (Inteligência Artificial Geral), uma IA de uso geral capaz de realizar qualquer tarefa intelectual que um ser humano possa fazer.
Essa busca pela supremacia tecnológica tem implicações geopolíticas significativas, comparáveis a projetos históricos como o Projeto Manhattan, que produziu as primeiras bombas atômicas durante a Segunda Guerra Mundial, e a corrida espacial.
Desafios regulatórios
Com o rápido avanço da tecnologia, surge a necessidade de uma regulação adequada.
O especialista ressalta a importância de estabelecer “regras do jogo” claras para garantir a previsibilidade e evitar uma judicialização excessiva.
A presença de líderes de grandes empresas de tecnologia na cerimônia de posse de Trump demonstra uma mudança de estratégia em relação à era das redes sociais, com o setor buscando maior protagonismo nas discussões sobre regulação.
O investimento massivo em IA nos Estados Unidos promete acelerar o desenvolvimento tecnológico global, mas também levanta questões sobre competitividade internacional e os desafios éticos e regulatórios que acompanham esse avanço.