O diretor de agronegócio da Suno, Octaciano Neto, falou ao CNN Prime Time nesta terça-feira (2) sobre os riscos de uma eventual taxação de fundos imobiliários e do Fundo de Investimento em Cadeias Agroindustriais (Fiagro) pelo governo.
De acordo com Neto, esses fundos são instrumentos que atraem a poupança dos brasileiros para investir em setores essenciais como infraestrutura, agricultura e agronegócio.
Nos últimos anos, o governo vinha reduzindo as taxações sobre esses fundos, visando atrair capital privado diante da diminuição dos investimentos públicos.
No entanto, a atual gestão federal tem adotado medidas contrárias ao setor, como aumentar o número mínimo de cotistas e criar dificuldades na emissão de títulos.
Agora, a especulação de uma tributação sobre as receitas desses fundos vai na “contramão da atração do dinheiro privado”, afirma Neto.
Impacto na atração de investimentos
O especialista alerta que, caso essa tributação se concretize, os investidores provavelmente migrarão para aplicações mais seguras, mas que não geram desenvolvimento para o país, como títulos do Tesouro.
Isso pode “paralisar” uma indústria que hoje movimenta R$ 300 bilhões em patrimônio líquido e envolve 3 milhões de brasileiros.
Impacto no financiamento do agro
Questionado sobre o atraso na divulgação do Plano Safra, que também gera incertezas para os produtores, Neto afirmou que esse programa governamental já não é suficiente para atender à demanda de crédito do setor, que ultrapassa R$ 1 trilhão por ano.
Enquanto o Plano Safra fica abaixo de R$ 500 bilhões, concentrado no custeio de curto prazo, o mercado privado se torna cada vez mais essencial para financiar a atividade.
“O governo não consegue financiar 100% da agricultura brasileira com o Plano Safra e agora quer tributar os fundos, como o Fiagro, que vai dificultar a atração de investimento privado. Isso é horrível para o setor”, alertou Neto.
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