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Entenda por que as feridas de Monja Coen pioraram durante o tratamento


A líder espiritual Cláudia Dias Baptista de Souza, conhecida como Monja Coende 76 anos, disse que está fazendo um tratamento contra um câncer de pelemas que como feridas devem piorar antes que ela consiga chegar a uma cura.

Isso ocorre porque, em alguns tipos de câncer de pele, como não de Coeno tratamento indicado é o uso de pomadas quimioterápicas em regiões onde há probabilidade de surgimento de células cancerígenas.

Esse tratamento funciona danificando as células da pele que estão com câncer e, em seguida, recuperando a região, segundo explicado à CNN o médico especializado em oncologia dermatológica Paulo Henrique Miranda.

“O objetivo dele (do tratamento com pomada) é danificar o DNA que está na lesão pré-maligna superficial e regenerar esse DNA. Então, nas primeiras semanas, existe uma intensa e, posteriormente, essa pele vai se recuperar”, diz.

O médico também destacou que a piora na aparência das feridas ocorre por um longo período, já que o tratamento tópico, com pomada, deve ser feito por quatro a seis semanas.

Durante esse período é recomendado também que o paciente tenha outros cuidados com a pele para se proteger e tentar reduzir a piora das feridas.

“Nesse período, a gente sempre usa prevenções: não realizar exposição solar e, principalmente, usar outras pomadas regeneradoras da pele, que minimizam esse feito de toxicidade local”, afirma Miranda.

Geralmente, as pomadas quimioterápicas são aplicadas à noite. E, durante o dia, outros produtos são usados ​​na pele para hidratar e regenerar o tecido, minimizando os efeitos negativos da quimioterapia tópica.

No entanto, mesmo com o uso de outros produtos que ajudam a minimizar o efeito negativo, as lesões devem ficar irritadas e piorar durante o tratamento de qualquer maneira, já que esse é o objetivo do medicamento.

“O câncer de pele deve ser identificado, preferencialmente, nas fases pré-malignas ou nas fases superficiais. Nessas fases, a gente pode ter tratamento tópico, com pomada. Quanto mais precoce o diagnóstico, menos efeitos colaterais e estéticos terá o tratamento”, finaliza o oncologista.

Um dermatologista Débora Castro explicado à CNN que o câncer de pele mais comum é o carcinoma, justamente apresentado aquele por Monja Coen, e que as pomadas usadas para tratá-lo chegam a deixar a ferida “em carne-viva”.

“As células cancerígenas costumam se multiplicar em uma velocidade diferente do restante da pele, e essa substância só vai agir nas células que estão se multiplicando. Ela envelheceu destruindo essas células, por isso a ferida piora, realmente fica em carne viva”, diz.

Durante o tratamento, o dermatologista recomenda atenção dobrada na escolha de outros produtos a serem aplicados na pele, para evitar irritações.

Assim, a escolha e recomendação de produtos a serem usados ​​por pacientes com câncer de pele devem ser feitas por médicos especialistas no cuidado com a pele e no tratamento desse tipo de câncer.

Assim como no caso de Monja Coen, o carcinoma costuma aparecer no pelo do rosto como uma ferida que tem dificuldade para cicatrizar.

“Ele aparece em áreas fotoexpostas, principalmente nos dois terços superiores da face, incluindo o pavilhão auricular, na orelha, e se parece com uma lesão pouco mais brilhante que a pele, não pigmentada e que tem dificuldade de cicatrizar. Muitas vezes sangra, forma uma crosta na ferida”, explica a dermatologista.

Como aviso principal para prevenção do câncer de pele, Deborah Castro lembra a importância da proteção solar.

“O principal agente ambiental relacionado ao surgimento do câncer de pele é a exposição ao sol. Por isso, todas as pessoas, especialmente aquelas que já tiveram câncer de pele, devem evitar a exposição solar no horário do pico, entre 10h e 15h, e sempre usar protetor solar e reaplicá-lo a cada três horas”.

Dados sobre câncer de pele

Ó Câncer é o principal problema de saúde pública no mundo. Segundo a Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer, uma em cada cinco pessoas terá câncer ao longo da vida.

Os números mais recentes, de 2022, mostram 20 milhões de novos casos de câncer e 9,7 milhões de mortes decorrentes.

O câncer de pele, no entanto, não está entre os três mais comuns, ficando atrás do câncer de pulmão, câncer de mama feminino e câncer colorretal.

Além disso, os cânceres de pele são subdivididos em dois grandes tipos, os carcinomas cutâneos e os melanomas.

“A maioria dos cânceres de pele, 90% deles, são os carcinomas cutâneos. Quando a gente fala de tratamento tópico, com pomada, dos cânceres de pele, a gente está se referindo exclusivamente aos carcinomas. Os outros 10% dos cânceres de pele seriam do tipo melanoma, que não podem ser tratados com pomadas”, explica o médico Paulo Henrique Miranda.



Fonte: CNN Brasil

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