Em meio aos protestos, a Justiça determina que os manifestantes desocupem a UERJ

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O Tribnal de Justiça concedeu uma liminar à Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e determinou que todas as salas e espaços deverão ser desocupados por manifestantes em 24 horas. A medida se estende às unidades da capital, Duque de Caxias e de São Gonçalo.

A decisão, tomada pela juíza Luciana Losada, da 13ª Vara de Fazenda Pública do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, ocorreu depois da falta de acordo durante uma audiência de conciliação realizada na terça-feira (17) para tentar resolver o impasse da ocupação.

Apesar da concessão da liminar, a juíza descobriu que os estudantes têm direito de realizar manifestações. Caso a liminar não seja cumprida no prazo estipulado, os ocupantes poderão pagar uma multa diária.

Na decisão, a juíza afirmou que “o prédio da Universidade estava ocupado de forma indevida por alunos e/ou terceiros”, e que a ocupação impedia o livre acesso às dependências da UERJ, além de impossibilitar a realização de aulas.

Uma nova audiência, que deve discutir os valores das bolsas de estudo e outros auxílios — motivo pelo qual os alunos protestam — foi marcada para o dia 2 de outubro.

Manifestações na UERJ

Alunos da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) conseguiram protestar em julho contra o Ato Executivo de Decisão Administrativa (Aeda 038/2024), que mudou os registros para a concessão de auxílios estudantis, como por exemplo o material de auxílio usado para pagar despesas com livros e receitas, o auxílio alimentar e a bolsa de apoio à vulnerabilidade social.

Os novos valores obtidos a valer no dia 1º de agosto deste ano.

Entre as principais mudanças estão um corte no valor do auxílio alimentar, redução do auxílio material, limitação de 1,3 mil estudantes que podem receber auxílio creche e mudanças no direcionamento de bolsa de apoio à vulnerabilidade social.

Antes, os estudantes que receberam o auxílio de vulnerabilidade social precisaram comprovar uma renda de um salário mínimo e meio por pessoa da família. Com a mudança, o valor para ter direito ao benefício passou a ser de apenas meio salário mínimo. Segundo os alunos, cerca de 5 mil estudantes deverão perder o benefício com a medida.



Fonte: CNN Brasil

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