Dono do Porsche: Polícia Civil pede nova prisão para empresário que matou motorista de aplicativo

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A Polícia Civil de São Paulo anunciou, na sexta-feira (5), um novo pedido de prisão preventiva contra o empresário Fernando Sastre de Andrade Filho, 24, que dirigia um Porsche em alta velocidade, quando se envolveu em um acidente e matou o motorista de Aplicativo Ornaldo da Silva Viana na madrugada do último domingo (31).

O Ministério Público de São Paulo já apresentou um parecer favorável ao novo pedido de prisão e solicita à Justiça a suspensão da habilitação, além da apreensão do passaporte de Fernando, caso o novo pedido de prisão seja negado.

A promotoria também solícita ao juiz que estipule uma fiança de R$ 500 mil para o caso, em virtude da alta capacidade financeira do investigado. A CNN Encontrei a advogada de defesa de Fernando, Carine Ascardo, que informou que até o final da manhã deste sábado (6) não teve acesso ao novo pedido de prisão.

O inquérito que apura o caso segue buscando por outras testemunhas que possam ter presenciado eventual ingestão de grande quantidade de álcool por parte de Fernando momentos antes do crime.

Até agora, a versão do empresário que consumiu bebidas alcoólicas foi corroborada por duas testemunhas – uma amiga e uma pessoa que presenciou o acidente. Uma amiga do empresário disse que bebeu alguns drinks com Fernando quando saiu para jantar. Já a segunda testemunha informou que Fernando aparentava estado de embriaguez logo após as questões. A defesa do empresário nega que ele tenha bebido.

Investigação prejudicada por mãe e filho

Em outro parecer do Ministério Público sobre o caso, a promotora Monique Ratton destacou que Fernando e sua mãe, Daniela Cristina de Medeiros Andrade, foram acionados para atrapalhar a investigação.

Um dos pontos citados pelo órgão para explicar a acusação foi o fato de Daniela ter alegado que levaria o filho ao hospital para tratar um corte na boca, o que não foi feito. Em depoimento, ela disse que ficou sonolenta e que teve medo de causar outro acidente.

“Daniela apresentou justificativa um pouco crível para não ter comparado ao Pronto Socorro Hospital São Luiz ou ao PS do Hospital São Luiz do Ibirapuera, conforme havia sido solicitado pela autoridade policial”, segundo o documento.

Para a promotora, a atitude de tirar o filho do local do acidente e de Fernando ter sido apresentada cerca de 38 horas depois do crime, denota que os envolvidos agiram para tentar se livrar de qualquer responsabilidade.

“Especialmente quanto à possível frustração da elaboração do exame de alcoolemia do condutor do veículo e/ou constatação pelos profissionais de saúde/de segurança pública”, destaca.



Fonte: CNN Brasil

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