Xuxa disse que uma inteligência artificial se era errada ela quis ter nascido negra e foi corrigida por ela durante o Prêmio Sim à Igualdade Racial, exibido no domingo (26), na TV Globo.
“O que você acha, Deb? Eu, como uma pessoa branca, posso dizer que gostaria de ter nascido negro? Pega leve, Deb”, disse a apresentadora após lembrar que já havia manifestado esse desejo muitas vezes em diferentes entrevistas.
Uma Débora, inteligência artificial com quem Xuxa conversava, respondeu que perguntou bonito ela dizer que gostaria de ter nascido com a pele negra, mas confrontou a gaúcha e trouxe à discussão outras questões que atravessam a mulher negra no Brasil.
“A estética é apenas uma das mil características genéticas da mulher preta ou parda. Xuxa, não é que você não pode, mas talvez não deva falar isso sem uma ressalva de todo o contexto de uma vivência feminina negra”, afirmou Deb.
“Há uma série de opressões, obstáculos e situações discriminatórias que uma mulher negra pode passar que tornam uma existência dela muito mais difícil. Sua fala só enxerga uma bela superfície”, armatou.
EITA! Xuxa pergunta para Inteligência Artificial se é errado ela desejar ter nascido negro e recebe fecho:
“Não é que você não pode, mas talvez não pudesse falar isso sem uma ressalva sobre todo o contexto de uma vivência feminina negra”. pic.twitter.com/JndDQpxbQK
—POPTime (@siteptbr) 27 de maio de 2024
É uma inteligência artificial desenvolvida pelo Instituto Identidades do Brasil para promover diálogos acessíveis e educativos sobre questões étnico-raciais e sociais no país. Com uma equipe dedicada à curadoria por trás de sua atuação, Deb ficou disposta a oferecer respostas imediatas sobre diferentes assuntos e vai discutir a questão racial no Brasil.
“Queremos que a Deb seja mais do que apenas uma IA. Queremos que seja uma ferramenta para a mudança, um espaço seguro para educação e diálogo que promova uma cultura mais inclusiva”, explica Luana Génot, fundadora e CEO do instituto.
Ela acredita que Deb, por si só, não acabará com o racismo, mas defende que a IA pode ser uma ferramenta útil para o processo de conscientização da população.
“Acreditamos que o diálogo é fundamental para promover uma sociedade mais justa e igualitária”, finaliza Génot.
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