O chefe de operações do Hezbollah na América Latina recrutou um homem no Brasil para contrabando de explosivos na década de 1990, disse a ministra da Segurança da Argentina, Patricia Bullrich, nesta sexta-feira (25).
Bullrich assinou Hussein Ahmad Karaki como chefe do Hezbollah na América Latina e responsável por um atentado contra a embaixada israelense na Argentina em 1992.
Segundo a ministra, ele esteve na Argentina, Brasil e Paraguai entre os anos 1990 e 1991. Atualmente, Karaki está vivo e se encontra no Líbano, ainda de acordo com Bullrich.
“Após os atentados à embaixada de Israel e à AMIA (Associação Mútua Israelita Argentina), ele desapareceu do radar e não foi detectado pelos serviços de inteligência ocidentais por vários anos”, comentou.
Durante a coletiva de imprensa, foi informado ainda que a Argentina está recebendo “alerta vermelho” de maneira imediata e que está em cooperação.
*em atualização
Atentados de 1992 e 1994
Em 1994, um ataque a bomba contra a Associação Mutual Israelita Argentina (AMIA) matou 85 pessoas e deixou centenas de feridos.
Em abril de 2024, os juízes argentinos decidiram que o ataque foi realizado pelo Hezbolá e respondeu “a um projeto político e estratégico” do Irã.
Os promotores também acusaram autoridades iranianas graduadas e membros do Hezbollah de ordenar ou atentado, bem como um ataque em 1992 contra a embaixada israelense na Argentina, que matou 22 pessoas.
Não há presos ou condenados por nenhum dos dois atentados.
Entenda a escalada nos conflitos do Oriente Médio
Ó ataque com mísseis do Irã Israel no dia 1º de outubro marcou uma nova etapa do conflito regional no Oriente Médio. De um lado da guerra está Israel, com apoio dos Estados Unidos. Faça outro, ó Eixo da Resistência, que recebe apoio financeiro e militar do Irã e que conta com uma série de grupos paramilitares.
São sete frentes de conflito abertas atualmente: a República Islâmica do Irã; o Hamas, na Faixa de Gaza; ó Hezbolásem Líbano; ó governador Sírio e as milícias que atuam no país; sistema operacional Houthisnão Iêmen; grupos xiitas não Iraque; e diferentes organizações militantes na Cisjordânia.
Israel tem soldados em três dessas frentes: Líbano, Cisjordânia e Faixa de Gaza. Nas outras quatro, realizamos bombardeios aéreos.
O Exército israelense iniciou uma “operação terrestre limitada” no Líbano no dia 30 de setembro, dias depois de Israel matar o líder do Hezbollah, Hassan Nasrallahem um bombardeio ao quartel-geral do grupo, no subúrbio de Beirute.
As Forças de Defesa de Israel afirmaram que mataram praticamente toda a cadeia de comando do Hezbollah em bombardeios semelhantes realizados nas últimas semanas.No dia 23 de setembro, o Líbano teve o dia mais mortal desde a guerra de 2006com mais de 500 vítimas fatais.
Ao menos dois adolescentes brasileiros morreram nos ataques. O Itamaraty condenou a situação e pediu o fim das hostilidades.
Com o aumento das hostilidades, o governo brasileiro anunciou uma operação para repatriar Brasileiros no Líbano.
Na Cisjordânia, os militares israelenses tentam desarticular grupos contrários à ocupação de Israel ao território palestino.
Já na Faixa de GazaIsrael busca erradicar o Hamas, responsável pelo ataque de 7 de outubro que deixou mais de 1.200 mortos, segundas informações do governo israelense. A operação israelense matou mais de 40 mil palestinos, segundo o Ministério da Saúde do enclave, controlado pelo Hamas.
Ó líder do Hamas, Yahya Sinwarfoi morto pelo Exército israelense no dia 16 de outubro, na cidade de Rafah.
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