Câncer de mama: as principais dúvidas dos brasileiros sobre a doença


O Brasil é o segundo país do mundo que mais pesquisa sobre o câncer de mama no Google, segundos dados levantados pela CNN através da ferramenta Tendências do Google. Angola fica à frente do país, enquanto Moçambique, Portugal, Estados Unidosnesta ordem, vem logo em seguida.

De acordo com dados levantados na plataforma desde o ano de 2004, as pesquisas sobre o assunto cresceram nos últimos quatro anos no Brasil.

O valor de 100 presente no gráfico de pesquisa representa o maior pico de popularidade de um termo. Um valor de 50 significa metade da popularidade e a pontuação de 0 significa que não havia dados suficientes sobre o termo.

Dados de pesquisa no Brasil sobre câncer de mama no Google nos últimos 20 anos • Reprodução/ Google Trends

Como mostra os gráficos, o ano de 2022 ainda apresentou pico de buscas da doença.

Apesar de estar no topo do ranking mundial, pouco mais da metade das mulheres ainda subestima a importância da mamografia para o diagnóstico precoce do câncer de mama, de acordo com Um levantamento feito pelo instituto Ipec (Inteligência em Pesquisa e Consultoria Estratégica).

O que os brasileiros mais procuram sobre câncer de mama no Google:

O Google Trends também elenca as principais dúvidas dos brasileiros sobre o câncer de mama. São elas:

  • Quais os primeiros sinais de câncer de mama?
  • Como é o caroço do câncer de mama?
  • Fatores de risco de câncer de mama
  • Como prevenir o câncer de mama
  • Câncer de mamãe dói?
  • Prótese de silicone pode causar câncer de mama?
  • Existe mais de um câncer de mama?
  • Qual o tipo de câncer de mama mais grave?

UM CNN Escolha especialistas para respondê-las. Confira!

Quais os primeiros sinais de câncer de mama?

Segundo o mastologista Anastasio Beterrini, inicialmente, o câncer de mama não produz sintomas. “Com o avanço da doença, o paciente pode perceber nódulo indolor na mama com sangramento (que possui excesso de sangue), assimetria mamária (mamas de tamanhos diferentes) e encontrada na pele.

O mastologista Franklin Pimentel ainda destaca dores locais e gânglios nas axilas.

Como é o caroço do câncer de mama?

“O nódulo do câncer de mama pode se apresentar de diferentes formas, sendo algumas vezes suportado com contornos bem perceptíveis à palpação, enquanto outras vezes aparece como uma área de consistência diferente, sem ser possível palpar um nódulo muito definido”, ressalta Franklin.

Segundo Anastácio, o caroço costuma ter crescimento lento.

Fatores de risco de câncer de mama

Os principais fatores de risco apresentados pelos profissionais são:

  • Genéticos (histórico de câncer de mama na família);
  • Sedentarismo;
  • Obesidade;
  • Menstruação precoce (abaixo dos 9 anos);
  • Menopausa tardia (após os 54 anos);
  • Falta de gravidez;
  • Falta de amamentação;
  • Uso excessivo de hormônios após a menopausa;

Como prevenir o câncer de mama

Segundo Anastácio, não existe prevenção para o câncer, e sim, diagnóstico precoce. “Nós recomendamos a realização da mamografia anual, a partir dos 40 anos. Ela é o único método que realiza o diagnóstico precoce, quando as taxas de cura são de aproximadamente 95%.”

Câncer de mamãe dói?

“Se o tumor progredir, pode causar certo desconforto local, e por vezes, causador. Portanto, qualquer mudança ou sintoma mamário deve ser investigado”, explica Anastácio.

Prótese de silicone pode causar câncer de mama?

“A proteção de silicone não causa câncer, nem impede de fazer diagnóstico, não sendo nenhum problema para se realizar os exames habituais, como a mamografia”, aponta Franklin.

Existe mais de um câncer de mama?

Atualmente, o câncer de mama é dividido em diferentes subtipos, de acordo com as características e receptores, diz Franklin. “Essa informação é obtida através da análise da biópsia e permite definir o tratamento mais adequado para cada tipo de tumor”, explica o profissional.

Qual o tipo de câncer de mama mais grave?

Os subtipos de câncer de mama são divididos em luminais (tem receptores hormonais), HER2+ (tem superexpressão do receptor HER2) e triplo-negativos (não têm receptores de estrogênio, progesterona, nem HER2).

“Considerando que o triplo-negativo tem menos tratamentos direcionados e costuma ser mais agressivo, podemos considerá-lo como o mais grave. No entanto, existem outras particularidades, como tamanho do tumor e outros exames que o mastologista ou oncologista solicita e que possibilitam avaliar com mais precisão a gravidade caso a caso”, finaliza Franklin Pimentel.

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Fonte: CNN Brasil

Victor Carvalho:
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