O Partido dos Trabalhadores (PT) está reavaliando sua estratégia política após o desempenho nas eleições municipais de 2024. Com apenas um prefeito eleito nas capitais, Evandro Leitão em Fortaleza (CE), o partido busca uma mudança de rumo para as eleições de 2026.
Segundo o analista de Política Pedro Venceslau, a discussão interna passa pela sucessão da atual presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, cujo mandato termina em junho. Uma ala do partido já defende a antecipação desse processo, com o nome do prefeito de Araraquara, Edinho Silva, sendo cogitado para assumir uma liderança.
Autocrítica e novas alianças
Lideranças petistas, como os deputados federais Reginaldo Lopes e Quaquá, além da prefeita reeleita de Juiz de Fora, Margarida Salomão, têm análises feitas sobre a necessidade de o partido se reconectar com a realidade do eleitorado brasileiro.
Quaquá, em particular, defende que o PT precisa ampliar a sua base eleitoral para além dos tradicionais 30% de votos. Ele argumenta que o partido deve se alinhar com o centro, centro-direita e até com a direita para barrar o bolsonarismo nas próximas eleições.
Pragmatismo e alianças estratégicas
O PT já demonstra uma mudança de postura em algumas capitais importantes. No Recife e no Rio de Janeiro, o partido abriu mão de candidaturas próprias, buscando alianças estratégicas. Em Belo Horizonte, foi confirmado o erro de ter lançado candidato próprio em vez de apoiar o prefeito Fuad Noman (PSD) desde o início.
Essas movimentações se alinham com a visão do presidente Lula para 2026, que busca construir uma base ampla de apoio, incluindo partidos como União Brasil, MDB e PP. A estratégia visa garantir uma estrutura política sólida, com tempo de televisão e capilaridade nacional.
No entanto, o partido enfrentou resistências internas. Infelizmente, mais à esquerda, argumentamos que o PT está perdendo a oportunidade de formar novos quadros. O desafio será equilibrar o pragmatismo político com a manutenção da identidade partidária.
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