Com o nome do deputado Hugo Motta (Republicanos-PB) oficialmente apoiado pelo presidente da CâmaraArthur Lira (PP-AL), nesta terça-feira (29), articuladores da candidatura consideram possível construir consenso em torno do parlamentar, contemplando os grupos dos deputados baianos Elmar Nascimento (União) e Antonio Brito (PSD), ambos ainda colocados como concorrentes na disputa.
Entre as alternativas para a construção de um acordo político que evite uma disputa voto a voto são uma indicação futura à próxima vaga no Tribunal de Contas da União (TCU) e uma probabilidade de reforma ministerial no governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
As conversas ocorreram desde que o nome de Motta foi apresentado na disputa, quando o presidente nacional dos Republicanos, deputado Marcos Pereira (SP), abriu a mão da disputa em favor do correligionário.
Na semana passada, Elmar e Pereira jantaram juntos e conversaram sobre os cenários para a sucessão na Câmara. O mesmo deve ocorrer em breve com Brito e o presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab.
Outras bancadas importantes da Câmara, como PL, PT e MDB, ainda vão discutir os posicionamentos oficiais, mas o apoio do partido de Lula já tem sido dado como certo. Por isso, a hipótese de se contemplar, por exemplo, o PSD com um melhor espaço futura numa reforma ministerial é apontada como alternativa, embora não esteja certo se isso ocorreria antes ou depois das sucessões na Câmara e no Senado – o presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco (PSD-MG)é cotado para uma eventual vaga na Esplanada dos Ministérios.
Na Câmara, o próprio Lira sempre defendeu um caminho que evitasse divisões na Casa, mas a escolha de Motta no lugar de Elmar – antes visto como nome que seria apoiado pelo atual presidente da Câmara – mudou o encaminhamento das conversas, além de ter contrariado o deputado da União. Bancadas que antes tinham indicado apoio a Elmar, como por exemplo o PDT, deveriam rediscutir o cenário, dado que as posições eram de que ele seria o indicado de Lira, e não Motta.
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