Suécia pode se tornar o primeiro país “livre de fumo“ no mundo

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Com uma população de 5,6% de fumantes, a Suécia é cada vez mais próxima de ser a primeira nação a ver “livre de fumo” no mundo. A constatação vem a partir de parâmetros adotados pela Organização Mundial da Saúdeum OMS, e pela União Europeia. Segundo as entidades, o país que reduz a proporção de consumidores ao patamar de 5% pode ser considerado livre do tabagismo – marca que a Suécia está prestes a alcançar.

A UE pretende, enquanto bloco, atingir a meta de “livre de fumo” em 2040, quando espera que o continente esteja com a proporção de 5% de fumantes. Atualmente, este patamar está em 23% – em comparação com os 5,6% já alcançados pela Suécia. E a experiência escandinava pode ir além das fronteiras.

Através do exemplo, a organização “Saia como a Suécia” quer promover e capacitar lideranças ao redor do mundo para adotar as medidas internas pelos nórdicos. A estratégia do grupo, que sediou um evento em Brasília nesta quarta-feira (10), é apresentar uma “abordagem progressiva e abrangente pela Suécia, que combina medidas de cessação e prevenção com políticas que oferecem alternativas ao tabagismo”. Segundo dados da OMS, 12,3% dos brasileiros fumaram cigarros convencionais.

“Na Suécia, esses produtos são taxados relativamente com o risco que eles causam. Então eles não são taxados no mesmo nível que o cigarro tradicional. E funciona perfeitamente bem”, diz Suely Castro, fundadora da Quit like Sweden. “Mas uma coisa que é importante e que eles fazem lá e que eu acho que tem a opção de fazer em qualquer outro lugar do mundo é aceitar que as pessoas são diferentes, o que funciona pra você não funciona pra mim, mas pode funcionar para outra pessoa. Então ter uma disponibilidade desses produtos é muito importante. Você não tem apenas um tipo de solução, você não tem apenas um tipo de produto. As pessoas são diferenciadas, e cada pessoa usa um produto diferente”, completa.

Entre as ações adotadas pela Suécia, está a troca de cigarros convencionais por alternativas menos danos, como os vaporizadores e cigarros eletrônicos. A proposta se assemelha ao Projeto de Lei apresentada pelo senadora Soraya Thronicke (PODEMOS-MS), que propõe uma regulamentação do uso de cigarros eletrônicos, atualmente proibidos no Brasil. Em entrevista à CNN durante o evento, o senadora destacou a importância das medidas de redução de danos.

“Não estamos dizendo aqui, que o tabaco, que vapear, ou que fumar o tabaco aquecido é bom para a saúde, não. É uma forma menos danosa, inclusive sem impacto para o fumante passivo. E o que nós estamos comercializando é comercial, coloquemos ideias nessa situação”, disse o senadora.

Paralelamente ao projeto de lei do senadora, um ANVISA segue analisando se mantém ou não a designação dos cigarros eletrônicos. A consulta pública que pediu à população se fosse a favor ou não da medida encerrada em fevereiro. De acordo com os resultados divulgados pela agência reguladora, 59% dos participantes disseram pensar diferente da proibição dos vapes.



Fonte: CNN Brasil

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