A era da inteligência artificial (IA) é todo vapor e cada vez mais empresas investem para desbravar esta última fronteira da tecnologia. Segundo o “Estudo Talent Trends 2024”, realizado pela Randstad, 65% dos negócios ampliaram seus orçamentos em IA.
O levantamento mostra que esse movimento se deu, principalmente, por um aumento na atração, no comprometimento e na retenção de talentos neste ano, indicado por 97% das empresas.
Isso representa um aumento de 8% em relação a 2023.
Diogo Forghieri, diretor de Talent Solutions da Randstad Brasil, disse que esse cenário “mostra como os líderes e as empresas estão se adaptando à rápida transformação digital, impulsionando o potencial da tecnologia, dos dados e das pessoas, que estão no centro do seu negócio”.
Nessa medida, o aprimoramento da eficiência e consistência nos processos foi indicado por 33% dos entrevistados pelo estudo da Randstad como benefício desse processo.
Outras melhorias incluem a automatização do fluxo de trabalho (31%), o aumento da capacidade de expansão dos negócios (30%), o direcionamento dos colaboradores para projetos estratégicos (30%) e a identificação de funcionários com habilidades específicas (30%).
O movimento reflete a corrida de gigantes da tecnologia em busca de inovação no setor. A Microsoft planeja um projeto que pode custar até US$ 100 bilhões (R$ 510 bilhões) e incluirá um supercomputador de inteligência artificial junto da OpenAI, responsável pelo ChatGPT.
A Amazon também faz parte deste séquito. Ó resultado da empresa foi impulsionado pelo interesse em inteligência artificial no primeiro trimestre de 2024, depois de investimentos de até US$ 4 bilhões (R$ 20,4 bilhões) no ano passado.
Algumas consequências
O levantamento indicou que, mesmo com esse avanço, muitos sentem dificuldade em acompanhar a rápida adoção da tecnologia.
Cerca de 56% expressaram preocupação de que a transformação digital esteja ocorrendo em um ritmo acelerado demais.
Por parte dos líderes, a preocupação é a redução do corpo humano no trabalho ao adotar a IA. Junior Borneli, CEO da StartSe, analisou que demissões em massa acontecidas nos últimos anos podem ser consequência do uso crescente desse recurso nas empresas.
*Sob supervisão de Gabriel Bosa
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