Mudança de temperatura relacionada à saúde: saiba os riscos e como se proteger

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Doenca Respiratoria


Depois de dias em uma onda de calor sufocante, que atingiu diversos estados do Brasil nas últimas semanas, a temperatura vai voltar a cair. De acordo com a previsão meteorológica, a chegada de uma frente fria na sexta-feira (22) deve fazer as tarifas despencarem na região Sul e Sudeste, o que favorece o aparecimento de infecções respiratórias e crises alérgicas.

“Quando há uma mudança na temperatura, com uma redução bruscaacontece uma modificação nas características da transmissão das vias aéreas, o que pode desencadear uma crise de asma em quem já tem o diagnóstico, causando tosse, falta de ar, chiado no peito, entre outros sintomas”, explica Gustavo Prado, pneumologista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, à CNN.

Além das crises asmáticas, esses sintomas também podem se manifestar em pacientes com DPOC (Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica) e com rinite alérgicasegundo o especialista.

Os resfriados e queixas são comuns diante da mudança brusca de temperatura. “Todas as doenças virais, principalmente os vírus respiratórios, têm um componente de sazonalidade. Então, nessa época do ano (outono e inverno), seja pelo aumento da circulação do vírus, seja pela aglomeração de pessoas em locais fechados por chuva ou pela queda de temperatura, há uma maior transmissão de vírus respiratórios, como resfriados, gripes e pneumonias , que podem se tornar mais frequentes”, afirma Prado.

Tempestades e enchentes também trazem riscos à saúde respiratória

Não é apenas a queda brusca de temperatura que pode desencadear doenças respiratórias. Eventos climáticos extremos, como tempestades fortes e enchentescomo as que atingiram Porto Alegre na madrugada de quinta-feira (21)também representam riscos para a saúdeconforme explica Prado.

“Grandes chuvas e alagamentos estão relacionados à ocorrência de diversas doenças. Do ponto de vista respiratório, a proteção de bactérias e de mofo em um ambiente com mais umidade pode provocar o desenvolvimento de sintomas respiratórios”, afirma o pneumologista.

Por outro lado, em períodos de baixa ocorrência, ou seja, sem chuvas, também há um aumento específico da concentração de emissões na atmosfera. “Quando falamos por um período razoavelmente longo sem chuva, também há um aumento dessas substâncias prejudiciais que pioram as doenças pulmonares, além de piorarem o quadro de doenças cardiovasculares e metabólicas”, afirma.

Como se proteger diante da mudança brusca de temperatura?

A boa notícia é que tem como se proteger da mudança brusca de temperatura e prevenir essas doenças respiratórias com algumas medidas simples. No ambiente doméstico, por exemplo, é importante manter uma boa ventilação, mantendo as janelas abertas mesmo em dias frios.

Já em ambientes fechados, com sistema de ar condicionado, é importante certificar-se de que a manutenção do aparelho seja feita de forma adequada para evitar a prevenção de bactérias e fungos nos filtros de ar.

Além disso, manter uma alimentação equilibrada é fundamental para que o organismo se fortaleça contra infecções respiratórias, ressalta Prado. Quem já foi diagnosticado com doenças pulmonares, é fundamental seguir o tratamento correto também.

Por fim, mantenha um vacinação em dia contra doenças respiratóriascomo queixa e COVID-19também é uma forma importante de prevenção.



Fonte: CNN Brasil

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