Cérebros preservados misteriosamente por mais de 12 mil anos são encontrados

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Cerebro Preservado


Uma equipe de pesquisadores da Universidade de Oxford, na Inglaterra, realizou o maior estudo até o momento sobre cérebros humanos preservados e reuniu mais de 4 mil cérebros preservados, muitos com mais de 12 mil anos. Desses, 1.300 cérebros eram os únicos tecidos moles (que não são esqueletos) preservados. As descobertas foram publicadas nesta quarta-feira (20), na Anais da Royal Society B.

Ó estudo levanta questões sobre porque o cérebro pode ser mantido preservado por milhares de anos enquanto outros órgãos estão decompostos. No entanto, o mecanismo por trás dessa preservação ainda é desconhecido. Os pesquisadores acreditam que a reticulação molecular (rede de moléculas) e a complexação metálica (proteínas e lipídeos que se baseiam na presença de elementos como ferro ou cobre) podem ser mecanismos viáveis ​​para a preservação de tecidos nervosos por tanto tempo.

“No campo forense, é bem sabido que o cérebro é um dos primeiros órgãos a se decompor após a morte – mas este enorme arquivo demonstra claramente que existem certas evidências em que ele sobreviveu. Essas situações são ambientais ou relacionadas à bioquímica única do cérebro, é o foco do nosso trabalho atual e futuro”, afirma Alexandra Morton-Hayward, principal autora do estudo.

“Estamos encontrando números e tipos inesperados de biomoléculas antigas preservadas nesses cérebros destruídos, e é emocionante explorar tudo o que elas podem nos dizer sobre a vida e a morte em nossos ancestrais”, completa.

O estudo atual pode fornecendo informações novas e únicas sobre a história da humanidadeajudando na compreensão sobre a saúde e doenças antigas, além da evolução da cognição e fazer comportamento humano.

Muitos dos cérebros encontrados pelos pesquisadores foram encontrados em registros que datam de meados do século XVII e há tecidos que foram encontrados em todos os tipos de indivíduos: desde a realidade egípcia e coreana, passando por monges e dinamarqueses, até exploradores do Ártico e vítimas de guerra.

Cada cérebro encontrado na base de dados foi comparado com dados climáticos históricos da mesma área, para explorar tendências sobre quando e onde foram encontrados. As análises demonstraram padrões nas condições ambientais associadas a diferentes modos de Preservaçãoincluindo desidratação, congelamento, saponificação (transformação de gorduras em “ceras”) e curtimento (em geral, com turfa, um material de origem vegetal, parcialmente decomposto, encontrado em camadas, geralmente em regiões pantanosas).



Fonte: CNN Brasil

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