Cid implica apoiadores militares de Bolsonaro em tentativa de golpe, dizem fontes da PF

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O novo depoimento do ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL) Mauro Cid implica diretamente a cúpula militar do governo do ex-presidente Bolsonaro.

Segundo fontes da Polícia Federal, a oitiva do tenente-coronel corroborou o testemunho dos ex-comandantes da Aeronáutica, Carlos Baptista Júnior, e do Exército, Marco Antônio Freire Gomes.

Os três colocam o ex-ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, o ex-ministro da Casa Civil, Walter Braga Neto, o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno e o ex-comandante da Marinha, almirante Almir Garnier dos Santos no centro da suposta tentativa de golpe.

Todos aparecem citados no contexto de discussão para descredibilizar o sistema eleitoral, de acordo com fontes ligadas à investigação.

Para investigador, a participação do ex-presidente Jair Bolsonaro na elaboração de minutas golpistas também é “clara”, embora o ex-presidente negue as acusações.

Depoimento de 8 horas

Mauro Cid prestou à PF, nesta segunda-feira (11), por mais de oito horas. As investigações agora buscam esmiuçar os depoimentos e cruzar com provas de perícias de materiais apreendidos em busca e apreensão.

Fontes da investigação apontam que Cid colaborou com todas as perguntas e mantém a atenuação de supostos crimes por ter feito delação premiada.

A PF agora avalia novos depoimentos que podem colaborar com as apurações.

Investigações

Na decisão que determinou a operação Tempo da Verdade, os investigados são apontados como membros de “núcleos” que auxiliaram o ex-presidente na tentativa de golpe.

Augusto Heleno é apontado como integrante do núcleo de “Inteligência Paralela” que atuava com “coleta de dados e informações que puderam auxiliar a tomada de decisões” do ex-presidente para fazer o golpe de Estado.

A atuação incluiu supervisão de autoridades, como o Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e o relator do inquérito na Corte, Alexandre de Moraes.

Já Walter Braga Netto, Almir Ganier e Paulo Sérgio Nogueira estão no núcleo de “oficiais de alta patente com influência e apoio a outros núcleos” que na representação policial ”agiram para influência e incitar apoio aos demais núcleos de atuação por meio do endosso de ações e medidas a serem adotadas para consumo do Golpe de Estado”.

Outro lado

A defesa do almirante Almir Garnier afirmou que o ex-comandante da Marinha não esteve presente na reunião ministerial de 5 de julho de 2022, em que o vídeo divulgado mostra a discussão sobre o sistema eleitoral.

O advogado Demóstenes Torres também afirma que a defesa não teve acesso a outros elementos da investigação e por isso, não tem conhecimento dos fatos relatados na reportagem.

A CNN Tentei contato com as defesas dos demais citados. O espaço segue aberto para manifestações.



Fonte: CNN Brasil

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